As Forças Democráticas Sírias (FDS), aliança árabe-curda apoiada pela coligação internacional de combate ao terrorismo liderada por Washington, tentam desalojar os extremistas do Estado Islâmico (EI) do seu último reduto, a aldeia de Baghouz, perto da fronteira iraquiana.
Numa conferência de imprensa, o porta-voz das FDS, Kino Gabriel, disse que não pode ser avançado um calendário preciso para o final da operação.
"Espero que não leve mais de uma semana, mas trata-se de um cálculo pessoal", adiantou.
Gabriel, que falava em Soussa, aldeia vizinha de Baghouz, tomada ao EI a 15 de janeiro, afirmou que cerca de "5.000 pessoas" se encontram ainda naquele último reduto dos 'jihadistas', composto por um acampamento de tendas e com vários túneis escavados.
A estimativa baseia-se nas descrições do último grupo de pessoas que abandonou o local, disse ainda, indicando ser impossível confirmá-lo.
O assalto decisivo das forças anti-jihadistas insere-se numa ofensiva lançada em setembro, que permitiu fazer recuar os combatentes do EI para uma última bolsa perto do rio Eufrates, na província de Deir Ezzor.
O grande número de mulheres, homens e crianças que têm abandonado o reduto tem levado à suspensão das operações de combate para evitar um "banho de sangue".
Segundo Gabriel, cerca de 64.000 pessoas abandonaram o último enclave do Estado Islâmico desde janeiro: 5.000 'jihadistas' que foram detidos, 25.000 familiares seus e à volta de 34.000 outras pessoas, civis.
O conflito na Síria, que entrou no seu nono ano, matou mais de 370.000 pessoas e obrigou vários milhões a abandonarem as suas casas.