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Juan Guaidó inicia périplo para criar "comandos pela liberdade" no país

O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, pediu hoje aos venezuelanos que continuem a confiar na oposição e anunciou que vai realizar um périplo pelo país para criar "comandos pela liberdade".

Juan Guaidó inicia périplo para criar "comandos pela liberdade" no país
Notícias ao Minuto

20:38 - 16/03/19 por Lusa

Mundo Venezuela

Guaidó sublinhou que é importante que os venezuelanos se mantenham unidos e organizados e voltou a insistir que, "em breve", vai reclamar um gabinete no palácio presidencial de Miraflores, onde funciona atualmente a sede do executivo.

"Sei que têm duvidado, que têm tido medo, mas peço-lhes que recordemos o que temos conseguido, o mais importante é que nos encontrem mobilizados, que não tenham dúvida de que todas as cartas estão sobre a mesa", disse.

O também presidente do parlamento venezuelano falava perante milhares de pessoas que hoje se concentraram na Av. Cedeño da cidade de Valência, no Estado de Carabobo (150 quilómetros a oeste de Caracas), para participar numa "assembleia de cidadãos" convocada pela oposição.

"Estaremos em cada Estado [região] da Venezuela e em cada Estado que tenhamos visitado será vossa, dos dirigentes, da unidade [opositora], a responsabilidade de organizar-nos em comandos pela operação da liberdade", disse.

Guaidó sublinhou ainda que a oposição deve evitar confrontações, mas que "tem que chegar ao centro do problema".

O autoproclamado presidente interino da Venezuela disse que "falta pouco para cumprir os passos" da "rota proposta", centrada num governo de transição e eleições livres" no país.

"Uma vez organizados vamos ir todos juntos a Miraflores [palácio de Governo] para reclamar o que é do povo da Venezuela", disse.

Juan Guaidó voltou também a pedir às Forças Armadas para não reprimirem o povo e aproveitem a Lei de Amnistia aprovada pela oposição para "pôr-se do lado da Constituição".

A crise política na Venezuela agravou-se em 23 de janeiro, quando o opositor e presidente da Assembleia Nacional (parlamento), Juan Guaidó, se autoproclamou Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.

Guaidó contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e prometeu formar um Governo de transição e organizar eleições livres.

Nicolás Maduro, no poder desde 2013, denunciou a iniciativa do presidente do parlamento como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos.

Cerca de 50 países, incluindo a maioria dos países da União Europeia, entre os quais Portugal, já reconheceram Guaidó como Presidente interino encarregado de organizar eleições livres e transparentes.

Na Venezuela residem oficialmente cerca de 300.000 portugueses ou lusodescendentes, número que a própria comunidade diz estar distante da realidade, insistindo que são mais de um milhão, se incluir-mos os luso-venezuelanos e descendentes que não têm documentação portuguesa.´

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