Atirador da Nova Zelândia faz gesto da supremacia branca em julgamento
Brenton Harrison Tarrant, que matou 49 pessoas em duas mesquitas de Christchurch, foi acusado de homicídio.
© Getty Images
Mundo Terrorismo
Brenton Harrison Tarrant, de 28 anos, é o principal suspeito do tiroteio mais mortal da história da Nova Zelândia. Matou 49 pessoas e feriu outras 48, em duas mesquitas de Christchurch, e não parece estar arrependido.
Ao ser presente em tribunal, este sábado, onde foi acusado de homicídio, o atirador sorriu enquanto o juiz decretava a prisão preventiva e nem as algemas o impediram de fazer um gesto associado à supremacia branca para as câmaras, conta o jornal Mirror.
Nas fotos tiradas durante a audiência, é possível ver Brenton com uma indumentária branca, de algemas, ao lado de dois polícias, a fazer o gesto ‘ok’, associado, neste caso, a grupos que defendem a supremacia branca. O rosto do detido foi desfocado em todas as imagens registadas no tribunal a pedido do juiz mas, de acordo com várias publicações internacionais, Brenton estava a sorrir enquanto ouvia o magistrado que decretou prisão preventiva.
Apesar do gesto e do sorriso, durante a breve audiência, que teve lugar no Tribunal Distrital de Christchurch, Brenton, que nasceu em Grafton, na Austrália, não quis prestar declarações e manteve-se sempre em silêncio.
No dia 5 de abril o australiano, que pode vir a ser condenado a prisão perpétua, volta a tribunal.
Além de Brenton, as autoridades neozelandesas detiveram mais dois homens e uma mulher por suspeitas de estarem envolvidos no ataque. Ainda não há informações se estes suspeitos já foram presentes a tribunal ou se, entretanto, foram libertados.
Recorde-se que, ao início da tarde de sexta-feira, Brenton Tarrant entrou nas mesquitas Al Noor e Linwood e atirou sobre centenas de pessoas que estavam a orar, matando pelo menos 49 e ferindo outras 48. Um ataque que o suspeito garantiu, num manifesto de 74 páginas intitulado ‘A grande mudança: Rumo a uma nova sociedade’, ter motivações xenófobas.
O australiano tentou justificar o seu ato com os ataques terroristas que aconteceram, nos últimos anos, um pouco por todo o mundo, protagonizados pelo Daesh. No mesmo documento, Brenton revelou ter passado férias em Portugal, Espanha, França, entre outros países da Europa.
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