Clima: Centenas de jovens iniciam série mundial de manifestações
Redação, 15 mar (Lusa) -- Centenas de estudantes começaram em Wellington o ciclo de manifestações, cerca de mil em mais de 100 países, que vão ocorrer hoje em todo o mundo para exigir que os políticos atuem contra as alterações climáticas.
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Mundo Nova Zelândia
A "greve da escola pelo clima" arrancou na capital neozelandesa com os estudantes, que contam com o apoio da primeira-ministra, a desfilarem com cartazes, onde estavam 'slogans' como "O tempo está em vias de derreter" e "Agir agora ou nadar".
Esta greve estudantil mundial culmina uma série de manifestações semanais iniciadas no ano passado pela sueca Greta Thunberg, 16 anos, que exibia sozinha, todas as sextas-feiras, um cartaz com os dizeres "Greve à escola pelo clima" frente ao Parlamento de Estocolmo.
Em Portugal, estão previstos protestos em pelo menos 26 cidades, como Lisboa, Porto, Coimbra, Aveiro, Covilhã, Évora e Faro.
A "greve mundial pelo futuro" de hoje está prevista "em 1.769 locais em 112 países", escreveu Thunberg, na rede social Twitter.
Mas a lista disponibilizada no sítio do seu movimento, FridaysforFuture, na internet, já superava os dois mil locais, com a Itália, a França e a Alemanha à cabeça.
"Fazemos greve para dizer aos nossos governos que façam os seus deveres e nos mostrem as provas!", podia ler-se no texto do apelo à greve publicado na Facebook.
Os estudantes exigem provas de que o mundo está a tomar as medidas necessárias para limitar a subida média da temperatura a um máximo de 2ºC em relação à era pré-industrial, como previsto no Acordo de Paris.
"Só estamos no início", escreveu a jovem na rede social Twitter, ela que já foi proposta para o Prémio Nobel da Paz 2019. "Acredito que a mudança está no horizonte e que a população vai levantar-se pelo seu futuro", adiantou a jovem sueca.
Na Nova Zelândia, a iniciativa dos jovens não foi do contentamento de alguns professores e políticos. O presidente da associação de diretores de escolas do ensino secundário, Michael Williams, estimou que a consequência da iniciativa sobre o clima seria "provavelmente zero", adiantando que receava que os estudantes "percam tempo que deveria ser consagrado a uma boa aprendizagem".
Contudo, os jovens manifestantes receberam o apoio da primeira-ministra, Jacinda Ardern. "Não subestimem o poder da vossa voz", disse aos estudantes esta semana no parlamento a trabalhista, de 38 anos.
"Muitas vezes, dizemos que é preciso ter idade de votar para ser influência. Não é o caso", assegurou.
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