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Ministro venezuelano culpa EUA e Colômbia por danos causados pela droga

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Venezuela, Jorge Arreaza, responsabilizou hoje a Colômbia e os Estados Unidos pelos danos causados pelas drogas em território norte-americano e insinuou que haveria uma participação ativa de Washington nesse "círculo vicioso".

Ministro venezuelano culpa EUA e Colômbia por danos causados pela droga
Notícias ao Minuto

14:58 - 14/03/19 por Lusa

Mundo Jorge Arreaza

"Como é que isso acontece? Como a droga que é produzida na Colômbia e chega aos EUA pode ser distribuída sem ser detetada pelos sistemas de segurança do país mais poderoso do planeta?", questionou o ministro venezuelano num discurso diante da Comissão sobre Narcóticos da ONU, em Viena.

"Como é que podem não estar envolvidas instituições e Estados neste círculo vicioso?", acrescentou Arreaza.

No seu discurso, o ministro venezuelano denunciou que a droga que é produzida no país vizinho (Colômbia) termina "no sangue, nos neurónios e nos túmulos de jovens norte-americanos", apesar da agência antidrogas dos EUA (DEA, na sigla em inglês) atuar "como vigilante" no país latino-americano.

Para reforçar a sua teoria, Arreaza afirmou que mais de 90% da droga apreendida nos Estados Unidos vem da Colômbia.

Arreaza disse ainda que a estratégia de guerra contra as drogas tem causado um alto custo em termos sociais na América Latina e que, em alguns casos, deu lugar à instalação de bases norte-americanas naquela região.

Bases e operações militares que, segundo o ministro, "parecem mais um pretexto para ter tropas e controlo territorial sobre a região do que uma política de combate ao narcotráfico".

O representante venezuelano criticou o facto de, nos últimos anos, o número de hectares dedicados ao cultivo de coca e a produção de cocaína na Colômbia tenha atingido níveis recorde.

Jorge Arreaza afirmou também que cerca de cinco milhões de colombianos fugiram Venezuela por conta da violência que provoca o negócio da droga.

Nesse sentido, Arreaza pediu para que fosse travada "a indústria do tráfico de drogas como ferramenta utilizada pelo sistema económico", alertando ainda que "ameaça o futuro da humanidade".

Assim que o ministro venezuelano iniciou o seu discurso, os representantes de países que reconheceram o líder da Assembleia Nacional venezuelana, Juan Guaidó, como Presidente interino da Venezuela - deixaram o plenário.

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