Barragem do Brumadinho: Funcionários da Vale e da Tuv Sud detidos
A Justiça brasileira ordenou de novo a detenção de 11 funcionários do grupo de exploração mineira Vale e dois da empresa alemã Tuv Sud, como parte da investigação sobre a rutura da barragem de Brumadinho.
© Lusa
Mundo Justiça
O desastre de 25 de janeiro causou 203 mortos e 105 desaparecidos.
Um tribunal criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais revogou a libertação concedida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) aos 11 funcionários da Vale, proprietária da barragem de Brumadinho, e dois da Tuv Sud, que certificaram a estabilidade da barragem em setembro.
Os juízes querem que o seu conhecimento sobre as deficiências observadas nesta estrutura seja esclarecido, e determinar se houve omissão na ativação do plano de ação de emergência após o desmoronamento.
A procuradora Paula Ayres, encarregada da investigação, disse na segunda-feira ao jornal o Estado de São Paulo que a Vale estava ciente das questões de segurança das barragens desde o final de 2017, algo que a empresa continua a negar.
As 13 pessoas, que regressaram à custódia das autoridades, foram detidas em duas fases.
Quatro dias depois do desastre, três funcionários da Vale, a maior exploradora de minério de ferro do mundo, e dois da Tuv Sud, foram detidos, acabando por passar cerca de uma semana atrás das grades.
Mais tarde, oito outros funcionários da Vale foram detidos.
O presidente da Vale renunciou ao cargo em 02 de março, juntamente com outros três executivos da empresa.
A tragédia ocorreu em 25 de janeiro, quando uma das barragens para limpeza de resíduos minerais em Brumadinho, município mineiro no sudeste do Brasil, sofreu uma rutura e causou um deslizamento de terras que enterrou as instalações da própria empresa e centenas de propriedades rurais.
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