Só um dos atacantes terá disparado em escola de São Paulo, diz polícia
As autoridades anunciaram que a investigação está numa fase muito inicial e que ainda estão a recolher provas. Disparos foram feitos de "forma aleatória". Polícia descarta planos para outros ataques em escolas da região.
© Reuters
Mundo Brasil
As autoridades brasileiras deram há instantes uma conferência de imprensa sobre o tiroteio da manhã de quarta-feira numa escola de Suzano, em São Paulo.
João Camilo Pires, secretário de Segurança Pública de São Paulo, confirmou a morte de 10 pessoas: cinco alunos, dois funcionários e o dono de um rent-a-car, o local onde os atacantes se dirigiram primeiro e onde roubaram um carro.
Os dois autores do ataque, Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, e Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, também morreram. Ter-se-ão suicidado, embora a polícia não “descarte outras hipóteses” nesta fase da investigação. Ao contrário do que foi inicialmente referido, as autoridades falam em nove feridos.
Questionados pelos jornalistas sobre se o dono do rent-a-car seria parente de um dos atacantes, as autoridades admitiram essa possibilidade, mas sem confirmarem.
João Camilo Pires explicou que os suspeitos tinham uma mala com fios, que levou a que a polícia suspeitasse de explosivos. Mas uma equipa de especialistas verificou que não havia qualquer dispositivo explosivo, um trabalho que atrasou para já a recolha de provas e a reconstituição do crime, pelo que a investigação ainda não tem muitas informações. As autoridades já foram a casa dos atacantes e também estão a proceder à recolha de provas.
Cronologia do tiroteio
João Camilo Pires disse que depois do ataque no rent-a-car, os atacantes dirigiram-se para a escola. A polícia foi chamada ao rent-a-car e só depois seguiu no encalce dos suspeitos. Quando chegou à escola, o tiroteio já tinha começado.
As autoridades confirmaram que os atacantes eram antigos alunos e que Guilherme Taucci Monteiro foi “expulso no ano passado por problemas disciplinares”. Ambos entraram na escola pelo portão da frente que estava aberto e foram recebidos por uma coordenadora que reconheceu Guilherme. Esta terá sido a primeira vítima mortal no interior da escola.
Os atacantes colocaram depois máscaras e o tiroteio começou. Embora ainda não esteja totalmente confirmado, a polícia só encontrou uma arma (cuja identificação foi raspada) e admite que só um dos atacantes disparou. Também encontraram uma besta, estando por esclarecer se alguém foi atingido por uma seta com esta arma. Os atacantes tinham ainda cocktails molotov e um pequeno machado.
A polícia descarta que tivessem alvos concretos. “Dispararam de forma aleatória com o intuito de fazerem o maior número de vítimas”, salientou João Camilo Pires. Por apurar, fica a motivação deste crime. “Essa é a grande busca. Qual foi a motivação que levou estes dois antigos alunos a fazerem isto?”, destacou o secretário da Segurança Pública de São Paulo.
As autoridades disseram que era “especulação” as notícias que circulavam e que indicavam que os atacantes estariam num grupo de WhatsApp com outras pessoas e que planeavam ataques noutras escolas de São Paulo.
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