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Só um dos atacantes terá disparado em escola de São Paulo, diz polícia

As autoridades anunciaram que a investigação está numa fase muito inicial e que ainda estão a recolher provas. Disparos foram feitos de "forma aleatória". Polícia descarta planos para outros ataques em escolas da região.

Só um dos atacantes terá disparado em escola de São Paulo, diz polícia
Notícias ao Minuto

19:37 - 13/03/19 por Fábio Nunes

Mundo Brasil

As autoridades brasileiras deram há instantes uma conferência de imprensa sobre o tiroteio da manhã de quarta-feira numa escola de Suzano, em São Paulo.

João Camilo Pires, secretário de Segurança Pública de São Paulo, confirmou a morte de 10 pessoas: cinco alunos, dois funcionários e o dono de um rent-a-car, o local onde os atacantes se dirigiram primeiro e onde roubaram um carro.

Os dois autores do ataque, Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, e Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, também morreram. Ter-se-ão suicidado, embora a polícia não “descarte outras hipóteses” nesta fase da investigação. Ao contrário do que foi inicialmente referido, as autoridades falam em nove feridos.

Questionados pelos jornalistas sobre se o dono do rent-a-car seria parente de um dos atacantes, as autoridades admitiram essa possibilidade, mas sem confirmarem.

João Camilo Pires explicou que os suspeitos tinham uma mala com fios, que levou a que a polícia suspeitasse de explosivos. Mas uma equipa de especialistas verificou que não havia qualquer dispositivo explosivo, um trabalho que atrasou para já a recolha de provas e a reconstituição do crime, pelo que a investigação ainda não tem muitas informações. As autoridades já foram a casa dos atacantes e também estão a proceder à recolha de provas.

Cronologia do tiroteio

João Camilo Pires disse que depois do ataque no rent-a-car, os atacantes dirigiram-se para a escola. A polícia foi chamada ao rent-a-car e só depois seguiu no encalce dos suspeitos. Quando chegou à escola, o tiroteio já tinha começado.

As autoridades confirmaram que os atacantes eram antigos alunos e que Guilherme Taucci Monteiro foi “expulso no ano passado por problemas disciplinares”. Ambos entraram na escola pelo portão da frente que estava aberto e foram recebidos por uma coordenadora que reconheceu Guilherme. Esta terá sido a primeira vítima mortal no interior da escola.

Os atacantes colocaram depois máscaras e o tiroteio começou. Embora ainda não esteja totalmente confirmado, a polícia só encontrou uma arma (cuja identificação foi raspada) e admite que só um dos atacantes disparou. Também encontraram uma besta, estando por esclarecer se alguém foi atingido por uma seta com esta arma. Os atacantes tinham ainda cocktails molotov e um pequeno machado.

A polícia descarta que tivessem alvos concretos. “Dispararam de forma aleatória com o intuito de fazerem o maior número de vítimas”, salientou João Camilo Pires. Por apurar, fica a motivação deste crime. “Essa é a grande busca. Qual foi a motivação que levou estes dois antigos alunos a fazerem isto?”, destacou o secretário da Segurança Pública de São Paulo.

As autoridades disseram que era “especulação” as notícias que circulavam e que indicavam que os atacantes estariam num grupo de WhatsApp com outras pessoas e que planeavam ataques noutras escolas de São Paulo.

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