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Direitos humanos: EUA criticam China, Irão, Venezuela e Coreia do Norte

O departamento de Estado norte-americano lamentou hoje os maus desempenhos da China, Irão, Venezuela e Coreia do Norte em direitos humanos, posição sublinhada pelo vice-presidente dos EUA na conferência de lançamento de um relatório anual daquela instituição.

Direitos humanos: EUA criticam China, Irão, Venezuela e Coreia do Norte
Notícias ao Minuto

17:31 - 13/03/19 por Lusa

Mundo Estado

A China está numa "liga própria" e separada do resto do mundo na violação de direitos humanos, considerou o vice-presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Mike Pompeo, indicando as perseguições a minorias étnicas e religiosas, como muçulmanos, cazaques, tibetanos e cristãos "internados em campos de reeducação para apagar as suas identidades religiosas e étnicas".

Mike Pompeo, que falava na conferencia que decorreu em Washington, fez considerações acerca do Irão, onde, no ano passado, 20 pessoas morreram em manifestações contra o regime e milhares foram presas por se manifestarem pelos seus direitos, e onde o governo censurou a cobertura mediática dos protestos: "continua o padrão de crueldade que o regime inflige sobre a sua população nas últimas quatro décadas".

Já o diretor do gabinete para democracia, direitos humanos e trabalho, Michael Kozak, comentou a situação na Venezuela, dizendo que a situação dos direitos humanos naquele país é "terrível".

Michael Kozak disse que o relatório foi produzido com dados até final do ano de 2018, mas que a situação na Venezuela "só tem piorado" desde então.

Na visão do diretor do gabinete, os EUA continuam a querer distribuir ajuda humanitária na Venezuela, mas que não toleram que os produtos sejam recolhidos e distribuídos pelo Governo de Nicolás Maduro, quando 70% dos fundos do programa de distribuição de alimentos CLAP [produtos subsidiados] "são roubados por funcionários do Governo".

O relatório concluiu que a Coreia do Norte não fez avanços na melhoria dos direitos humanos na península, continuando a ser "uma das piores situações de direitos humanos no mundo".

Michael Kozak disse que a tentativa dos EUA é de denunciar a nível internacional maus tratamentos da administração e a de trazer aos norte-coreanos mais informações sobre o resto do mundo para que constatem as diferenças, mas que se deparam com o problema de "como tentar convencer um regime como esse a mudar as suas condutas".

O relatório sobre a Arábia Saudita também dominou por um período a conferência com os jornalistas, que levantaram questões acerca do assassinato de Jamal Khashoggi no consulado da Arábia Saudita em Istambul.

Os jornalistas mencionaram que o príncipe saudita, alegadamente responsável pela encomenda do assassinato, segundo investigações dos EUA, não é responsabilizado no relatório.

Michael Kozak respondeu que a investigação acerca do assassinato está em progresso e que as especulações não são produtivas, mas que depois de se descobrirem os factos, os responsáveis têm de ser punidos.

O relatório dos direitos humanos, publicado pelo departamento de Estado dos EUA, pretende avaliar objetivamente os direitos humanos em cerca de 200 países para aumentar a consciência internacional e provocar mudanças, aproveitando a influência americana, segundo o vice-presidente Mike Pompeo.

O relatório sobre direitos humanos no mundo é publicado anualmente pelo departamento de Estados dos EUA.

A avaliação começou em 1977 a um grupo de países que beneficiavam da ajuda financeira dos EUA, mas foi alargada continuamente e, hoje em dia, disse Mike Pompeo, tem a colaboração de organizações não governamentais, de agências da Organização das Nações Unidas e de embaixadas norte-americanas em todos os países.

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