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Ajuda humanitária terá sido incendiada por opositor de Maduro

O The New York Times (NYT) noticiou esta terça-feira que um manifestante opositor ao Presidente venezuelano Nicolás Maduro terá provocado o incêndio que a 23 de janeiro destruiu parte da ajuda humanitária na fronteira com a Colômbia.

Ajuda humanitária terá sido incendiada por opositor de Maduro
Notícias ao Minuto

07:00 - 13/03/19 por Lusa

Mundo Venezuela

A investigação jornalística do diário norte-americano tem por base uma reconstrução dos acontecimentos, com base em vídeos pouco divulgados, alguns deles fornecidos pelas autoridades colombianas, feita pelos jornalistas Christoph Koettl, Deborah Acosta, Drew Jordan e Anjali Singhvi.

"Num determinado momento foi lançado um engenho explosivo caseiro, feito com uma garrafa, atirado em direção das forças de segurança que bloqueavam a ponte que une a Colômbia e a Venezuela, para impedir que os camiões de ajuda passassem (do lado colombiano para o venezuelano)", explica-se no jornal.

Segundo o NYT, contudo, "o pano usado para pegar fogo ao 'coquetel Molotov' separou-se da garrafa, e, já em chamas, voou em direção ao camião de ajuda".

"Uns segundos depois a gravação mostra esse camião em chamas. O mesmo manifestante é visível em outro vídeo, uns vinte minutos antes do acontecido, atingindo outro camião com um 'coquetel Molotov', mas sem incendiar a viatura", pode ler-se na publicação.

"Após a chegada dos camiões, as forças de segurança venezuelanas lançaram gás lacrimogéneo [contra os manifestantes]. Alguns manifestantes responderam com pedras e 'coquetéis Molotov'. Um deles lançou um coquetel contra as forças de segurança e, segundos depois, um dos camiões estava em chamas", avança o diário.

O artigo está acompanhado por um vídeo, com vários momentos e ângulos do acontecimento, sendo visível o momento em que o jovem opositor, com a boca tapada, lança o engenho explosivo, que se separa em dois no ar e, segundos depois, ao fundo, surgem as chamas num dos camiões.

Esta investigação jornalística contradiz o afirmado pela oposição venezuelana e por porta-vozes dos governo norte-americano e colombiano, que responsabilizaram as forças de segurança venezuelanas pelo acontecido e o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, de ter ordenado incendiar a ajuda humanitária internacional, que se negava a autorizar que entrasse no país.

Por outro lado, o diário esclarece que o camião incendiado não tinha medicamentos como tinha sido dito e explica que uma "fonte de alto nível" da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional garante que continha materiais como luvas e tapa-bocas.

Por outro lado, na notícia indica-se que a "23 de fevereiro, quatro camiões com ajuda humanitária chegaram a Cúcuta, Colômbia, na fronteira com a Venezuela", onde "as manifestações ficaram violentas e parte da ajuda humanitária foi incendiada durante os confrontos".

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