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Venezuela: União Europeia opõe-se a intervenções militares

A União Europeia (UE) opõe-se a qualquer ação militar na Venezuela, seja de iniciativa interna ou externa, declarou hoje a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, no Conselho de Segurança.

Venezuela: União Europeia opõe-se a intervenções militares
Notícias ao Minuto

17:38 - 12/03/19 por Lusa

Mundo Federica Mogherini

"Acreditamos que nenhum desenvolvimento militar, do interior ou exterior do país seria aceitável. E a solução não pode ser, e nunca deveria ser imposta do exterior" disse Federica Mogherini em discurso no Conselho de Segurança, em Nova Iorque.

A iniciativa internacional pode ser uma ajuda para a resolução do conflito na Venezuela, que segundo a alta representante, tem de ser "pacífica, política e democrática", sendo que o conflito foi resultado de circunstâncias políticas e institucionais, "não de um desastre natural".

Federica Mogherini sublinhou o compromisso da UE na ajuda humanitária no país e na criação de uma plataforma facilitadora das negociações com vista a uma solução pacífica e global, com o Grupo Internacional de Contacto.

A plataforma Grupo Internacional de Contacto foi criada, segundo Mogherini, para "ajudar a criar as condições para um processo político" que, de acordo com a Constituição venezuelana, leve à realização de "eleições presidenciais livres e justas".

A UE quer garantir que a ajuda humanitária vinda do exterior à população da Venezuela não seja um assunto político, "evitando qualquer politização da entrega de ajuda".

O autoproclamado Presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, denunciou que a ajuda humanitária destinada à Venezuela está a ser impedida de entrar devido a incidentes provocados pelo atual governo, dirigido por Nicolas Maduro, com os camiões de medicamentos e bens alimentares estacionados na localidade colombiana de Cúcuta, junto à fronteira com a Venezuela.

A crise política na Venezuela agravou-se em 23 de janeiro, quando Juan Guaidó se autoproclamou Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.

Guaidó contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres.

Nicolás Maduro, no poder desde 2013, denunciou a iniciativa do presidente do parlamento como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos.

A maioria dos países da União Europeia, entre os quais Portugal, reconheceram Guaidó como Presidente interino encarregado de organizar eleições livres e transparentes.

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