Israel aprova centenas de edifícios em colonatos em Jerusalém
As autoridades israelitas assinaram hoje em Jerusalém um acordo urbanístico "sem precedentes" para "inovar, renovar e desenvolver" a cidade, que inclui centenas de construções em colonatos na zona oriental da designada Cidade Santa, ocupada desde 1967.
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Mundo Médio Oriente
O acordo integra 23.000 habitações, três milhões de metros quadrados para comércio e um investimento de 1.500 milhões de shekels (quase 370 milhões de euros) para reparação de infraestruturas, informou o município num comunicado.
Algumas das obras estendem-se pelos colonatos de Pisgat Zeev e Neve Yaakov, na parte leste da cidade e ilegais face ao direito internacional.
"Uma grande parte está dentro da Linha Verde (Israel). Outra mais além", no que a comunidade internacional considera território ocupado, disse à agência noticiosa espanhola EFE a diretora da organização não-governamental israelita Ir Amim, Bety Herschman, que considerou como o mais grave "a discriminação nos planos de construção".
Segundo Herschman, "faltam planos de construção para os palestinianos no leste", enquanto na zona oeste os israelitas desfrutam de condições também a nível urbanístico e de desenvolvimento.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, congratulou-se com a assinatura do acordo, considerando que "Jerusalém não é um colonato. Jerusalém é a capital eterna de Israel e foi-o durante 3.000 anos", numa nota divulgada pelo seu gabinete de imprensa.
De acordo com a resolução 2334 da ONU, aprovada em 2016, "o estabelecimento de colonatos por parte de Israel no território palestiniano ocupado desde 1967, incluindo Jerusalém Oriental (posteriormente anexada), não tem validade legal e constitui uma flagrante violação do direito internacional e um obstáculo importante para a solução dos dois Estados e de uma paz geral, justa e duradoura".
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