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Hezbollah apela a donativos dos militantes para contrariar sanções

O movimento xiita libanês Hezbollah emitiu hoje um apelo à contribuição dos seus apoiantes, ao admitir pressões financeiras devido às sanções impostas pelos países ocidentais.

Hezbollah apela a donativos dos militantes para contrariar sanções
Notícias ao Minuto

18:55 - 08/03/19 por Lusa

Mundo ocidentais

O apelo do chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, surge após o anúncio pelo Reino Unido em 25 de fevereiro de uma proibição total do movimento, que engloba as suas alas política e militar. A filiação ou a promoção do movimento xiita será punida com penas até dez anos de prisão.

O Hezbollah, cujo ramo político integra o Governo libanês, é considerada uma organização "terrorista" por Israel e os Estados Unidos, mas apenas a sua ala armada é assim considerada pela União Europeia.

"As sanções e as listas de organizações terroristas são uma forma de guerra contra a resistência e devemos enfrentá-la", declarou Nasrallah durante um discurso transmitido pela televisão.

"Anuncio hoje que necessitamos do apoio da nossa base popular", prosseguiu.

Em novembro de 2018 os Estados Unidos reforçaram as sanções contra esta formação, designadamente dirigidas a Jawad, o filho de Nasrallah, e outros responsáveis próximos.

Numa referência à proibição decidida por Londres, Nasrallah considerou que "outros Estados vão imitar a medida e colocar o Hezbollah nas listas de organizações terroristas e descrevê-lo como um grupo terrorista".

"As dificuldades financeiras que atravessamos são o resultado desta guerra [financeira]" e não de uma "falha administrativa", acrescentou ao dirigir-se aos militantes.

Na sua perspetiva, as sanções dos Estados Unidos vão ser reforçadas.

"Os que nos apoiaram vão prosseguir o apoio, quer sejam Estados ou a nossa base", assinalou.

O Hezbollah (partido de Deus) foi fundado em 1982 na sequência da invasão israelita do Líbano. Financiado por Teerão, é o único partido libanês que não depôs as armas após a guerra civil (1975-1990).

O Hezbollah impôs-se no Líbano como uma força política incontornável, ocupando postos governativos pela primeira vez em 2015. Em paralelo, está militarmente envolvido, como Teerão, ao lado do poder de Bashar al-Assad no conflito na Síria, país vizinho do Líbano.

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