Coreia do Norte reconhece pela primeira vez fracasso da cimeira Kim-Trump
A Coreia do Norte admitiu hoje pela primeira vez, através da agência noticiosa oficial, o fracasso da recente cimeira entre o seu líder Kim Jong-un e o Presidente norte-americano Donald Trump.
© Reuters
Mundo Diplomacia
"A opinião pública aqui e no estrangeiro (...) lamenta, acusando os Estados Unidos pela cimeira que foi concluída sem um acordo", escreve em editorial a agência KCNA, que até ao momento não tinha mencionado o falhanço do encontro histórico entre os dois dirigentes de 28 fevereiro, em Hanói.
Donald Trump e Kim Jong-un despediram-se com sem conseguirem chegar a acordo, após uma cimeira consagrada ao complexo dossiê da desnuclearização da península norte-coreana.
O Presidente dos EUA imputou o falhanço do encontro às exigências de Pyongyang que, segundo referiu, exigia o levantamento completo das sanções económicas impostas à República Popular e Democrática da Coreia (RPDC, designação oficial do país).
Na sequência da cimeira, os meios de comunicação norte-coreanos anunciaram simplesmente que Pyongyang e Washington aceitaram prosseguir as suas "produtivas" discussões sobre o dossiê nuclear.
Esta semana, a televisão local difundiu um documentário de 75 minutos sobre a política diplomática de Kim Jong-un face a Donald Trump, mas sem mencionar o falhanço da cimeira de Hanói.
Segundo peritos norte-americanos, a RPDC terminou a reconstrução de uma instalação para o lançamento de mísseis que tinha começado a desmantelar.
No imediato, os Estados Unidos parecem pretender temporizar. Na quinta-feira, interrogado sobre a sua reação, o Presidente norte-americano respondeu de forma evasiva: "Veremos", "vamos dizer-vos dentro de cerca de um ano".
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