UE pede a Caracas que reconsidere expulsão de embaixador alemão
A União Europeia (UE) lamentou hoje, em Bruxelas, a expulsão do embaixador da Alemanha em Caracas, Daniel Kriener, acusado de ingerência pelo Governo de Nicolas Maduro, e pediu que a decisão seja reconsiderada.
© Reuters
Mundo Venezuela
"Lamentamos que o embaixador alemão na Venezuela tenha sido pressionado para abandonar o país", disse a porta-voz europeia para as Relações Externas, Maja Kocinanjic, na conferência de imprensa diária.
A porta-voz referiu ainda que a UE "se tem mostrado disposta a manter laços de comunicação com todas as partes na Venezuela, incluindo o Governo de Maduro", acrescentando que, "nessa perspetiva, a UE espera que esta decisão possa ser reconsiderada".
A UE reiterou o seu empenho numa solução pacífica e democrática para a crise no país.
A Venezuela declarou, na quarta-feira, 'persona non grata' o embaixador da Alemanha em Caracas, acusando-o de "recorrentes atos de ingerência" nos assuntos internos e dando-lhe 48 horas para sair do país.
"Concede-se ao Sr. Kriener um período de 48 horas para deixar o território da República Bolivariana da Venezuela", segundo um comunicado do Ministério de Relações Exteriores venezuelano.
A medida é justificada com a alegada ingerência do diplomata alemão nos assuntos internos do país.
O chefe do parlamento, Juan Guaidó, reconhecido como Presidente interno da Venezuela por meia centena de países, considerou que a expulsão de Kriener constitui uma "ameaça" por parte de um "regime" que não possui qualidades.
Kriener encontrava-se entre os embaixadores que receberam na segunda-feira Guaidó no seu regresso à Venezuela, assim como o representante diplomático de Portugal em Caracas, Carlos Nuno Almeida de Sousa Amaro.
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