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Putin disse que centenas de espiões estrangeiros foram detidos na Rússia

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou hoje que os serviços secretos desmascararam e detiveram centenas de espiões a atuar para países estrangeiros, em 2018, e reclamou mais pedidas para combater o terrorismo.

Putin disse que centenas de espiões estrangeiros foram detidos na Rússia
Notícias ao Minuto

14:12 - 06/03/19 por Lusa

Mundo Declarações

Vladimir Putin mostrou-se hoje preocupado com a numerosa presença de espiões estrangeiros no ativo, na Rússia, dizendo que em 2018 foram detidos 129 gestores e 456 agentes de serviços especiais estrangeiros, acusados de espionagem.

No final de uma reunião com a direção do Serviço Federal de Segurança (FSB, ex-KGB), o Presidente russo disse ainda que os terroristas continuam a ser um perigo premente e que "é necessário o uso de novas formas e métodos para lidar com essas ameaças".

"Os serviços de inteligência estrangeiros aspiram a reforçar a sua atividade em território russo e procuram obter, por todos os meios possíveis, informação relacionada com a política, economia, ciência e tecnologia" Rússia, disse Putin.

O presidente russo criticou a intensidade das atividades de espiões estrangeiros, lamentando que, ao mesmo tempo, a Rússia seja apontada no Ocidente como responsável por vários escândalos de espionagem.

Putin referia-se, entre outros, ao caso do envenenamento, em março de 2018, de um ex-agente duplo russo, Sergei Skripal, e da sua filha, na Inglaterra, pelo qual o governo britânico responsabilizou Moscovo, apesar dos desmentidos do Kremlin sobre o seu envolvimento.

Ele próprio um ex-chefe do FSB, Putin apelou aos serviços para trabalharem "de forma eficiente" face a este desafio, especialmente para proteger "os dados sobre o desenvolvimento, teste e produção de sistemas de armas russos".

"O controlo aqui deve ser o mais rigoroso e o mais meticuloso possível", disse Putin, no momento em que EUA e Rússia anunciaram a suspensão do tratado de armas nucleares de curto e médio alcance INF, por Washington ter acusado Moscovo de violarem as suas regras.

No final de fevereiro, durante o seu discurso anual perante o Parlamento, Putin detalhou programas avançados para criar novas armas militares, cujas características foram classificadas como secretas.

Perante a direção dos serviços secretos russos, o Presidente Putin sublinhou ainda a necessidade de aumentar as medidas preventivas para evitar ataques terroristas, detetando recrutadores e cúmplices de ataques.

Putin disse que, apesar das atuais instáveis relações internacionais, a Rússia mantém a disposição de cooperar com outros países na luta contra o terrorismo, enfatizando a importância de coordenação de esforços.

"A situação no Médio Oriente e noutras regiões permanece complicada (...) e isso reflete-se no nosso país", argumentou Putin, dizendo que, na última década, os ataques terroristas na Rússia foram substancialmente reduzidos.

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