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Putin oficializa suspensão da Rússia do tratado de desarmamento nuclear

O Presidente russo, Vladimir Putin, oficializou hoje a suspensão da participação do país no tratado de desarmamento nuclear (INF), que tinha sido assinado com os Estados Unidos durante a guerra fria e denunciado no início de fevereiro por Washington.

Putin oficializa suspensão da Rússia do tratado de desarmamento nuclear
Notícias ao Minuto

14:37 - 04/03/19 por Lusa

Mundo Presidentes

Segundo um decreto divulgado hoje pelo Kremlin, e que entra em vigor após a assinatura de Putin, a participação de Moscovo é suspensa "até que os Estados Unidos cessem qualquer violação das suas obrigações nos termos do Tratado ou até à cessação da sua validade".

As duas potências acusam-se mutuamente de violar o tratado sobre as armas nucleares de médio alcance (INF), assinado no final da guerra fria, em 1987, que entrou em vigor um ano depois e estipula a eliminação de todos os mísseis convencionais e nucleares com alcance entre 500 e 5.500 quilómetros.

Putin anunciou no passado dia 02 de fevereiro a suspensão do tratado, em resposta a idêntica medida adotada um dia antes pelos Estados Unidos.

Previamente, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, tinha dado em dezembro um prazo de 60 dias à Rússia para que voltasse a cumprir o tratado.

Os Estados Unidos e a NATO exigiram à Rússia que destruísse o míssil de cruzeiro Novator 9M729 (SSC-8, segundo a classificação da NATO), por considerar que tem um alcance superior a 500 quilómetros.

Na resposta, a Rússia considerou "inaceitável" a exigência e argumentou que o Novator tem um alcance de apenas 480 quilómetros, pelo que respeita o tratado.

Além disso, Moscovo acusou os Estados Unidos de terem começado a preparar o terreno para abandonar o INF há cerca de dois anos, quando iniciaram a montagem de mísseis de curto e médio alcance numa das suas fábricas militares do Estado do Arizona.

Os Estados Unidos não só consideram que a Rússia viola o tratado, como defendem ainda que o INF se tornou obsoleto no geral, porque outros países como a China, Irão e Coreia do Norte fabricam armas nucleares de médio alcance e não são subscritores do mesmo.

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