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Custos levam Trump a cancelar exercícios militares com a Coreia do Sul
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, justificou hoje o cancelamento dos exercícios militares conjuntos com a Coreia do Sul com o custo que representam para o país.
© Reuters
Mundo Estados Unidos
"O motivo porque não quero exercícios militares com a Coreia da Sul é para poupar centenas de milhões de dólares aos Estados Unidos, que não são reembolsados. Esta era a minha posição antes de ser Presidente", escreveu Donald Trump na sua conta na rede social Twitter.
Por outro lado, acrescentou, "reduzir tensões com a Coreia do Norte neste momento também é positivo".
A mensagem do chefe de Estado norte-americano surge depois de, no sábado, o Pentágono ter anunciado o cancelamento dos exercícios militares em grande escala com a Coreia do Sul, que se realizavam anualmente na Primavera.
O Departamento de Defesa norte-americano fez o anúncio através de comunicado, divulgado após uma conversa telefónica entre o responsável em funções, Patrick Shanahan, e o seu homólogo sul-coreano, Jeong Kyeong-doo.
Na conversa, os dois responsáveis sublinharam que a decisão reflete o desejo de reduzir a tensão e apoiar os esforços diplomáticos "para conseguir a completa desnuclearização da Península da Coreia de uma forma definitiva e completamente verificada".
Os exercícios militares "Key Resolve" decorriam habitualmente em março, duravam duas semanas e sobrepunham-se aos "Foal Eagle", que decorriam durante todo o mês.
Os dois exercícios eram habitualmente condenados pela Coreia do Norte, que os entendia como um "ensaio de invasão" do seu território.
Os comandos militares norte-americano e sul-coreano anunciaram, entretanto, a realização de exercícios militares conjuntos que irão substituir o "Key Resolve" e o "Foal Eagle" e se centram em "aspetos táticos, operacionais e estratégicos".
Em declarações à cadeia de televisão norte-americana CBS, o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, afirmou que Donald Trump tem disponibilidade para continuar a negociar com a Coreia do Norte, apesar do fim abrupto da cimeira desta semana em Hanoi com o líder norte-coreano, Kim Jong-Un.
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