Rússia condena "ingerência flagrante" e "influência destruidora" dos EUA
O chefe da diplomacia russa, Sergueï Lavrov, condenou hoje, durante uma conversa telefónica com o homólogo norte-americano, Mike Pompeo, "a ingerência flagrante" e a "influência destruidora" dos Estados Unidos na Venezuela.
© Reuters
Mundo Venezuela
"A provocação e a influência exterior destruidora, mesmo sob o pretexto hipócrita da ajuda humanitária, não têm nada a ver com o processo democrático", disse Lavrov, citado num comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.
Sergueï Lavrov condenou "as ameaças americanas contra o governo legítimo, uma ingerência flagrante nos assuntos internos de um Estado soberano e uma violação vergonhosa do direito internacional".
O chefe da diplomacia russa disse igualmente que Moscovo está pronto para manter consultas bilaterais com Washington sobre a Venezuela, na condição de que elas sigam "estritamente os princípios da Carta das Nações Unidas".
"Só os venezuelanos têm o direito a decidir o seu futuro", acrescentou.
Os dois responsáveis abordaram também os conflitos sírio e do Afeganistão e a situação na península coreana, segundo o comunicado.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia recebeu, na sexta-feira, em Moscovo, a vice-presidente venezuelana, Delcy Rodriguez, a quem prometeu que Moscovo irá manter a ajuda humanitária "legítima" ao país, que vive uma crise política e económica com hiperinflação e falta de bens alimentares e medicamentos.
Juan Guaido, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, controlada pela oposição ao Presidente Nicolás Maduro, autoproclamou-se presidente interino em 23 de janeiro evocando a Constituição.
Foi reconhecido como presidente interino e é apoiado por meia centena de países, mas Maduro, que tem entre os seus aliados a Rússia, denunciou uma tentativa de golpe de Estado fomentada pelos Estados Unidos.
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