Os procuradores filipinos acusam a farmacêutica de "não ter acompanhado ativamente e vigiado" os pacientes após a vacinação, segundo um comunicado do Ministério da Justiça das Filipinas.
A Justiça filipina considerou que os responsáveis da Sanofi atuaram com "negligência grave" no caso que originou a morte de 10 crianças vacinadas e admitiu que outros processos poderão ser abertos.
A Sanofi já manifestou o seu "profundo desacordo" com as imputações criminais feitas.
Entre 2016 e 2017, as escolas filipinas administraram às crianças a vacina Dengvaxia, levando à morte de uma dezena de crianças e provocando uma queda acentuada da taxa de vacinação.
A vacina foi recomendada em 2016 por um grupo de especialistas da Organização Mundial de Saúde, que considerou a primeira vacina contra o dengue como eficaz e aconselhou a sua utilização em países com alta prevalência da doença.
No entanto, o grupo recomendou que a vacina não fosse dada a crianças com menos de nove anos, porque aumentava significativamente o risco.