Meteorologia

  • 06 MAIO 2024
Tempo
13º
MIN 13º MÁX 20º

Índia saúda decisão paquistanesa de libertar piloto mas mantêm vigilância

A Índia saudou hoje a decisão do Paquistão de libertar um piloto indiano capturado, referindo, porém, que o estado de vigilância do país permanece elevado em relação a Islamabad, segundo responsáveis militares indianos citados pelas agências internacionais.

Índia saúda decisão paquistanesa de libertar piloto mas mantêm vigilância
Notícias ao Minuto

16:20 - 28/02/19 por Lusa

Mundo Islamabad

A força aérea indiana "está extremamente feliz e aguarda o regresso do piloto", disse o porta-voz daquele ramo das forças armadas indianas, o vice-marechal R.J.K. Kapoor, referindo-se ao piloto do MiG-21 que foi abatido esta semana durante confrontos aéreos entre aeronaves indianas e paquistanesas no território de Caxemira, região disputada pelos dois países vizinhos.

O piloto, cujo avião caiu em território paquistanês, foi posteriormente capturado pelas forças de Islamabad.

Vídeos que mostravam e identificavam o piloto capturado circularam nas redes sociais. A diplomacia indiana classificou as imagens como uma "exibição vexatória" de um piloto ferido, afirmando que o Paquistão violou o Direito Internacional Humanitário e a Convenção de Genebra.

O primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, anunciou hoje no parlamento que o piloto será libertado como "um gesto de paz".

Em declarações à comunicação social, o vice-marechal R.J.K. Kapoor não forneceu mais detalhes sobre a entrega do piloto, nomeadamente se o militar irá sair do Paquistão na sexta-feira.

"Vemos (a libertação) apenas como um gesto que está de acordo com todas as convenções de Genebra", concluiu o mesmo representante.

Apesar do anúncio da libertação do piloto, outro responsável militar indiano afirmou hoje que o estado de vigilância do país mantém-se elevado.

"Estamos totalmente preparados e num estado elevado de reação para responder a qualquer provocação do Paquistão", declarou o general de divisão Surendra Singh Mahal, durante uma conferência de imprensa em Nova Deli de altas patentes dos três ramos do exército indiano (terra, mar, ar).

"Apesar do rumo dos acontecimentos, o exército indiano continua comprometido em manter a paz e a estabilidade na região", acrescentou.

Os acontecimentos na região disputada precipitaram-se depois de as forças armadas indianas terem assegurado na terça-feira que tinham realizado um ataque aéreo contra um campo de treino do grupo islâmico Jaish-e-Mohammed (JeM), que tinha reivindicado um atentado suicida na Caxemira indiana, que matou pelo menos 40 paramilitares indianos a 14 de fevereiro.

Islamabad denunciou imediatamente uma "agressão inoportuna" e prometeu responder "na hora e local" que escolhesse.

As forças armadas paquistanesas afirmaram posteriormente terem abatido dois aviões indianos no espaço aéreo do Paquistão e detido dois pilotos indianos.

Nova Deli anunciou por seu turno ter abatido um avião paquistanês em Caxemira e ter perdido "um Mig-21", cujo piloto foi então dado com "desaparecido em combate".

A subida de tensão entre as duas potências nucleares está a preocupar a comunidade internacional que receia um conflito aberto entre os "dois irmãos" inimigos do Sul da Ásia do Sul sobre a questão de Caxemira, um ponto de discórdia desde a partição do império colonial britânico e da criação dos dois países em 1947.

A Índia e o Paquistão já travaram três guerras desde a sua independência em agosto de 1947. Dois dos conflitos foram desencadeados pela questão de Caxemira, uma região dividida em duas, mas que é reivindicada pelos dois países.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório