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AI denuncia complacência face a impunidade no Médio Oriente e África

A Amnistia Internacional (AI) denunciou hoje a "espantosa complacência" da comunidade internacional face "à impunidade" que reinou em 2018 no Médio Oriente e Norte de África, considerando que os governos destas regiões multiplicaram as violações dos direitos humanos.

AI denuncia complacência face a impunidade no Médio Oriente e África
Notícias ao Minuto

12:31 - 26/02/19 por Lusa

Mundo 2018

"A repressão dos atores da sociedade civil e dos opositores políticos aumentou de modo significativo no Egito, Irão e Arábia Saudita", sublinhou a organização de defesa dos direitos humanos, no seu relatório regional anual divulgado em Beirute.

"Através da região, as autoridades recorreram às detenções arbitrárias e à força excessiva contra os manifestantes", destaca a Amnistia, que evoca "campanhas de repressão implacáveis".

Num comunicado que acompanha o relatório, a AI lamenta que "a indiferença do mundo em relação a violações de direitos humanos cometidas na região (...) favoreça as atrocidades e a impunidade".

A Amnistia aponta o caso do assassínio em outubro do jornalista Jamal Khashoggi, realizado no consulado da Arábia Saudita em Istambul por um comando vindo de Riade, mas também a repressão por Israel de manifestações semanais em Gaza e na Cisjordânia, que matou "pelo menos 195 palestinianos, entre os quais 41 crianças".

Após o caso Khashoggi, países como a Dinamarca ou a Alemanha suspenderam o fornecimento de armas a Riade, mas "os principais aliados do reino, entre os quais se encontram os Estados Unidos, a França e o Reino Unido, não fizeram nada deste género", acusa a AI, criticando a intervenção militar de Riade na guerra do Iémen.

O Irão, abalado por manifestações devido às difíceis condições socioeconómicas, também é criticado. "As forças de segurança dispersaram violentamente as concentrações, atacando os manifestantes desarmados com balas reais, gás lacrimogéneo e canhões de água, que causaram mortos e feridos", afirma a ONG.

Denunciados são igualmente os "crimes de guerra" cometidos na Síria, Líbia e Iémen, devastados por conflitos mortíferos e graves crises humanitárias.

Como "vislumbres de esperança", a Amnistia aponta a entrada em vigor em países do Magrebe de legislação "visando combater a violência contra as mulheres" e o levantamento da proibição de condução para as mulheres na Arábia Saudita.

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