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Paquistão rejeita afirmações "fictícias" da Índia e promete resposta

O Paquistão rejeitou hoje as afirmações "interessadas, imprudentes e fictícias" da Índia, segundo as quais teria atacado um grupo islamista no Paquistão provocando "perdas pesadas" e prometeu responder à agressão indiana quando e onde escolher fazê-lo.

Paquistão rejeita afirmações "fictícias" da Índia e promete resposta
Notícias ao Minuto

12:15 - 26/02/19 por Lusa

Mundo Imran Khan

"A Índia cometeu uma agressão intempestiva à qual o Paquistão responderá no momento e no local da sua escolha", avisaram as autoridades de Islamabad, num comunicado publicado após uma reunião presidida pelo primeiro-ministro, Imran Khan, com a participação de vários ministros e altos representantes das forças armadas paquistanesas.

O Paquistão "rejeita fortemente a afirmação da Índia, segundo a qual visou um presumível campo terrorista perto de Balakot e provocou perdas pesadas", acrescenta o comunicado, citado pela agência France-Presse.

"Mais uma vez, o Governo indiano recorreu a afirmações interessadas, imprudentes e fictícias", pode ler-se no texto, segundo o qual Nova Deli agiu assim para impressionar o público indiano "num contexto eleitoral" e apesar de haver "um risco sério para a paz e a estabilidade regionais".

Segundo Islamabad, a zona que a Índia diz ter atacado está "aberta ao mundo" e os meios de comunicação social paquistaneses e internacionais podem ali "verificar os factos no local".

O primeiro-ministro ordenou "às forças armadas e ao povo paquistanês para que se prepare para todas as eventualidades", acrescenta ainda o comunicado.

O Exército do Paquistão afirmou hoje que caças indianos entraram no território paquistanês e lançaram explosivos, sem causar vítimas ou danos.

As autoridades indianas confirmaram mais tarde ter lançado um ataque aéreo na Caxemira paquistanesa e matado "um grande número" de militantes do grupo islâmico Jaish-e-Mohammad, que reivindicou o atentado-suicida que na semana passada abateu 42 pessoas na Caxemira indiana.

Já hoje, e sem se referir concretamente ao ataque das forças indianas, o Presidente do Paquistão, Arif Alvi, disse que a Índia criou "uma histeria" após o ataque deste mês às tropas indianas na região da Caxemira.

Alvi advertiu, durante o seu discurso numa conferência internacional sobre meios de comunicação e conflitos, que a retórica utilizada pela Índia "pode levar à guerra" e alertou que o seu país sabe "como se defender".

Já o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, disse que o seu país está em "boas mãos" e afirmou que "hoje é um dia para homenagear os corajosos corações da Índia", uma aparente referência aos 40 soldados indianos mortos no atentado de 14 de fevereiro na Caxemira controlada pela Índia.

A região de Caxemira é reivindicada tanto pela Índia como pelo Paquistão desde o fim da colonização britânica, em 1947.

O total das forças indianas na parte controlada por Nova Deli é estimado em cerca de 500.000 efetivos.

Uma rebelião separatista mortífera destabiliza a Caxemira indiana desde 1989.

A Índia acusa o Paquistão de apoiar de forma dissimulada as infiltrações na sua parte do território e a própria revolta armada, o que Islamabad sempre negou.

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