Meteorologia

  • 29 MARçO 2024
Tempo
13º
MIN 8º MÁX 15º

Bandeira hasteada na fronteira com o Brasil por apoiantes de Maduro

Centenas de venezuelanos realizaram hoje à tarde um ato de apoio ao Governo de Nicolás Maduro, ao hastearem a bandeira do país no marco que divide a fronteira do Brasil com a Venezuela.

Bandeira hasteada na fronteira com o Brasil por apoiantes de Maduro
Notícias ao Minuto

22:59 - 24/02/19 por Lusa

Mundo Venezuela

Escoltados por um guindaste e um camião, os manifestantes favoráveis ao Governo de Maduro hastearam novamente a bandeira da Venezuela na fronteira, que tinha sido retirada do mastro no sábado, durante protestos de manifestantes venezuelanos que apoiam o Presidente interino autoproclamado, Juan Guaidó.

Miguel Herrera, de 47 anos, disse à Lusa que decidiu participar naquele ato para dar apoio a Maduro e por acreditar que o seu Governo é legítimo.

"Eu não tenho medo de dizer que apoio o comandante Maduro, o legítimo Presidente da Venezuela (...). Nós temos uma constituição que é muito boa, tivemos uma eleição e o presidente foi reeleito. A Assembleia Nacional não o pode tirar do poder", disse.

"Eu apoio a Constituição da Venezuela. Acho que pode haver uma solução para este problema no país. O que acontece é que a oposição não quer uma solução. No ano passado foi assinado um decreto para termos eleições livres e eles [opositores] não quiserem inscrever os seus candidatos. Já aconteceram as eleições, o que mais eles querem", questionou.

Carlos Castanheda, 55 anos, outro apoiante do Governo de Maduro que estava no protesto também disse que estava no local para defender a sua pátria.

"Quero defender a minha pátria (...) A Venezuela tem um processo eleitoral que todos os venezuelanos, mais de 80%, apoiam. Não estamos de acordo com esta vadiagem [dos opositores] e o que queremos é que se respeite a nossa pátria", explicou.

"Aqui não há nenhum conflito. Não aceitamos que qualquer pessoa, este senhor [Juan Guaidó] faça as suas manifestações e coloque o pé no traseiro dos venezuelanos. Elegemos Maduro em 20 de março, e ele é o nosso Presidente. Somos venezuelanos e somos nós que mandamos na Venezuela", acrescentou.

Carlos Castanheda considerou ainda que a ajuda humanitária oferecida por Estados Unidos, Brasil, Colômbia e países da União Europeia é uma farsa.

"É uma farsa. Não quereremos esta porcaria (...) A solução já temos nós, os venezuelanos. Não aceitamos a oposição que quer se impor. Querem diálogo, estamos abertos ao diálogo, mas não estamos abertos a esta invasão que querem fazer na Venezuela. Aqui há uma pátria e instituições que devem ser respeitadas", defendeu.

Após cantarem e hastearem novamente a bandeira venezuelana no monumento das bandeiras que divide aquele país do Brasil, os apoiantes de Maduro retiraram-se do local.

Toda a ação foi acompanhada pelo Exército brasileiro, que não fez nenhum tipo de intervenção.

Nas proximidades da fronteira estavam também manifestantes antichavistas que vivem em Pacaraima. Acompanharam o ato a uma certa distância, vaiaram e insultaram os seus conterrâneos, gritando diversas vezes que iriam libertar o seu país do Governo de Maduro, classificado por eles como um Presidente usurpador.

Ao incío da tarde de domingo, outro protesto organizado por apoiantes de Juan Guaidó no lado brasileiro da fronteira terminou com um conflito entre aqueles e membros da Guarda Nacional da Venezuela.

Houve troca de ofensas e os manifestantes contra o Governo de Maduro atiraram pedras aos militares venezuelanos que o apoiam.

O ato terminou com violência. Os membros da Guarda Nacional Bolivariana avançaram até à fronteira brasileira acompanhados por dois carros blindados que lançaram bombas de gás lacrimogéneo até ao lado brasileiro da fronteira.

Nicolás Maduro mandou encerrar na sexta-feira a fronteira entre a Venezuela e o Brasil.

No sábado registaram-se confrontos no local, depois de dois camiões de ajuda humanitária terem regressado a território brasileiro, após terem passado algumas horas no lado venezuelano.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório