"Isso lembra-me a prática religiosa cruel, que prevalecia no passado em algumas culturas, de oferecer seres humanos -- especialmente crianças -- como sacrifícios em ritos pagãos", disse o papa.
O chefe da Igreja Católica insistiu bastante na presença do "mal", considerando que o clero ao ser culpado de tais atos se tornou "um instrumento de satanás".
"A desumanidade do fenómeno ao nível mundial torna-se ainda mais grave e mais escandaloso na igreja, [pois está] em contradição com a sua autoridade moral e a sua credibilidade ética. A pessoa consagrada, escolhida por Deus para guiar as almas para a salvação, deixa-se escravizar por sua própria fragilidade humana, ou pela sua própria doença, tornando-se um instrumento de Satanás", disse Francisco.
"Nos abusos, vemos a mão do mal que nem poupa a inocência das crianças", acrescentou.