Jihadista quer regressar à Europa. "Tenho saudades da minha mãe"
Jovem de nacionalidade britânica está detido e diz-se arrependido por ter tomado a decisão de se juntar ao autoproclamado Estado Islâmico.
© ITV News
Mundo Entrevista
Jack Letts fugiu de Oxford, na Inglaterra, em 2014, quando tinha 18 anos, para se juntar ao Estado Islâmico na Síria. Porém, volvidos cinco anos, o jihadista de 23 anos garante estar arrependido e quer regressar a casa.
Preso há dois anos numa cadeia curda, Jack deu uma entrevista ao programa britânico ITV News na qual admitiu a sua vontade de regressar a casa. “Sinto-me britânico. Sou britânico. Se o Reino Unido me aceitar eu regressarei”, disse o jovem, admitindo, porém, que não acredita que tal venha a acontecer.
Durante a entrevista, Jack falou sobre a sua vida na Síria. Pouco tempo depois de chegar lá instalou-se em Raqqa onde casou com uma jovem iraquiana de quem tem um filho. Aliás, foi a sua experiência de vida naquela cidade síria que o fez regozijar-se com os atentados terroristas levados a cabo em Paris, em novembro de 2015.
“Na época achei que era algo bom, pois eu vivia em Raqqa que era bombardeada a cada cinco minutos pelos aviões da coligação internacional”, justificou, lembrando ainda: “Eu vi crianças serem queimadas vivas”.
Face a esta experiência, Jack confessa que o pensamento comum é o de “por que não pode isto acontecer também com eles?”.
Sem explicar como nem porquê, o jovem britânico garantiu que mudou de pensamentos e diz-se arrependido por se ter juntado ao Estado Islâmico. Sem ver os pais há cinco anos e sem falar com eles há dois, Jack admitiu que sente falta da sua vida no Reino Unido.
“Tenho saudades da minha mãe e dos pastéis. Ah e da série ‘Doctor Who’”, afiançou.
Quanto aos seus pais, John e Sally estão a ser julgados por, alegadamente, enviarem dinheiro ao filho, uma ação que se enquadra no crime de financiar o terrorismo.
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