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Fronteiras fechadas no dia em que ajuda devia chegar à Venezuela

Hoje é a data limite anunciada pelo autoproclamado Presidente interino venezuelano, Juan Guaidó, para a entrada no país da ajuda humanitária reunida para a Venezuela. A poucas horas da entrada da ajuda, o govenro decidiu, contudo, encerrar parcialmente a fronteira com a Colômbia.

Fronteiras fechadas no dia em que ajuda devia chegar à Venezuela
Notícias ao Minuto

06:45 - 23/02/19 por Lusa

Mundo Crise

A ajuda, alimentos e medicamentos, deverá entrar a partir de três postos fronteiriços com a cidade colombiana de Cúcuta, segundo anunciou quinta-feira a deputada venezuelana exilada Gaby Arellano.

A capital do departamento do Norte de Santander e a cidade venezuelana de San Cristobal, no Estado de Tachira, partilham a travessia fronteiriça das Pontes internacionais de Simón Bolívar, Francisco de Paula Santander e Tienditas.

Uma parte da ajuda humanitária que os Estados Unidos querem fazer chegar aos venezuelanos encontra-se armazenada em Cúcuta, na fronteira da Colômbia com a Venezuela.

Juan Guaidó, opositor de Maduro e reconhecido por mais de 50 países como Presidente interino do país, prometeu introduzir essa ajuda humanitária na Venezuela neste dia, numa operação para a qual estão mobilizados milhares de cidadãos.

Governa manda fechar pontes de acesso a Cúcuta

Mas se a ajuda humanitária parece garantida, a incógnita é saber como a fazer entrar na Venezuela. A poucas horas da esperada entrada de ajuda humanitária internacional através da cidade de Cúcuta, o Governo da Venezuela anunciou que vai encerrar parcialmente a fronteira com a Colômbia perante "as ameaças" contra a sua soberania.

Numa publicação divulgada na rede social twitter, na sexta-feira (madrugada de hoje, em Lisboa), a vice-Presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, afirmou que o Governo vai "fechar temporariamente" as pontes Simón Bolívar, Santander e Unión.

A medida surge depois do Presidente, Nicolás Maduro, ter encerrado a fronteira com o Brasil, onde, no mesmo dia, confrontos entre o exército e uma comunidade indígena deixaram pelo menos dois mortos.

Recorde-se que o Governo venezuelano tem insistido em negar a existência de uma crise humanitária no país, afirmação que contradiz os mais recentes dados das Nações Unidas, que estimam que o número atual de refugiados e migrantes da Venezuela em todo o mundo situa-se nos 3,4 milhões.

Maduro encara a entrada desta ajuda humanitária como o início de uma intervenção militar por parte dos norte-americanos e tem justificado a escassez com as sanções aplicadas por Washington.

Esta decisão deixa assim em aberto o que poderá acontecer no dia de hoje. Note-se, contudo, que Guaidó afirmou que a ajuda entrará "por ar, por mar e por terra", sem especificar os pontos exatos da entrada dos alimentos e medicamentos.

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