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"Não se trata de dar mais funções à mulher na igreja, mas integrá-la"

O Papa Francisco disse hoje que dar mais funções às mulheres dentro da igreja não resolveria o problema dos abusos sexuais, mas admitiu que "o estilo feminino" deve integrar-se no pensamento da instituição.

"Não se trata de dar mais funções à mulher na igreja, mas integrá-la"
Notícias ao Minuto

21:54 - 22/02/19 por Lusa

Mundo Papa Francisco

"Não se trata de dar mais funções à mulher na igreja, isso é bom, porém não resolveria o problema. Trata-se de integrar a mulher como figura da igreja no nosso pensamento", afirmou Francisco.

O Papa comentava assim a intervenção hoje na cimeira sobre abusos sexuais e pedofilia, que até domingo reúne no Vaticano 190 dioceses, da especialista em Direito Canónico Linda Ghisoni, subsecretária do Dicastério para os Laicos, Família e Vida, que foi a primeira mulher a falar no encontro.

Francisco afirmou que "convidar uma mulher a falar não é entrar na modalidade de um femininíssimo eclesiástico, porque, no final de contas, todo o feminismo acaba por ser um machismo com saias".

"Convidar uma mulher a falar sobre as feridas da Igreja é convidar a Igreja a falar sobre si mesma, sobre as suas feridas", disse, acrescentando que o que deve ser feito é adotar o estilo de uma "mulher, esposa e mãe".

"Sem esse estilo, estaremos a falar do povo de Deus como uma organização, uma força sindical, mas não como uma família nascida da mãe igreja", declarou.

Alguns dias antes desta cimeira, um grupo de ex-religiosas, ativistas e vítimas pediram "uma visão feminina" para procurar soluções para a questão dos abusos sexuais.

Esses ativistas, membros da associação 'Vozes da Fé' buscam o reconhecimento da capacidade das mulheres para ocuparem posições de responsabilidade dentro da igreja católica, até agora reservadas aos homens.

"Esta crise global devido a abusos mostrou que as autoridades eclesiásticas precisam de uma perspetiva feminina", afirmaram.

O Papa, por sua vez, reconheceu recentemente que muitas freiras sofrem e sofreram abusos sexuais por parte de padres e de bispos.

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