Decretado feriado para população de Táchira aceder a ajuda humanitária
O governo do Estado venezuelano de Táchira, que faz fronteira com a Colômbia, decretou o dia de hoje como feriado regional para a população poder aceder à ajuda humanitária.
© Reuters
Mundo Venezuela
A decisão, segundo a governadora Laidy Gómez visa garantir que os cidadãos venezuelanos possam ir à fronteira buscar a ajuda humanitária internacional que o governo do presidente Nicolás Maduro recusa.
"Decretei o dia de hoje como feriado para que os voluntários que queiram dirigir-se à fronteira o possam fazer, para que todos estes acontecimentos que estão surgindo na fronteira possam contar com os cidadãos que queiram ir", disse aos jornalistas.
Segundo Laidy Gómez, a população de Táchira está "organizada e entusiasmada" com a possível entrada de ajuda humanitária no país e se está a preparar para se dirigir até à localidade colombiana de Cúcuta, onde a ajuda humanitária se encontra armazenada.
O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, estabeleceu o dia 23 de fevereiro como data limite para que o Governo do Presidente Nicolás Maduro permita a entrada de ajuda humanitária no país.
A ajuda, proveniente de vários países, entre eles os EUA, está em centros de acolhimento no Curaçau, Colômbia e Brasil.
A crise política na Venezuela agravou-se em 23 de janeiro, quando o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.
Guaidó, 35 anos, contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres.
Nicolás Maduro, 56 anos, no poder desde 2013, recusou o desafio de Guaidó e denunciou a iniciativa do presidente do parlamento como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos.
Esta crise política soma-se a uma grave crise económica e social que levou cerca de 3,4 milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, segundo dados da ONU.
Em 2016, a população da Venezuela era de aproximadamente 31,7 milhões de habitantes e no país residem cerca de 300.000 portugueses ou lusodescendentes.
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