China critica "pretensa ajuda humanitária" que poderá originar conflito
A China manifestou hoje a sua oposição à entrada em força este fim de semana na Venezuela da "pretensa ajuda humanitária" norte-americana ao sublinhar que poderá desencadear um conflito no país, envolvido uma grave crise política interna.
© Getty Images
Mundo Venezuela
O gigante asiático é o principal credor de Caracas, a quem concedeu milhares de euros de empréstimos, e continua a reconhecer Nicolás Maduro como o único presidente legítimo do país sul-americano, imerso em graves dificuldades económicas.
Milhares de toneladas de ajuda humanitária norte-americana estão armazenadas desdês 7 de feveriro na cidade fronteiriça colombiana de Cúcuta. Um outro centro de recolha foi instalado no norte do Brasil.
O opositor Juan Guaidó, autoproclamado presidente interino, prometeu que esta ajuda será encaminhada no sábado para o país. Nicolás Maduro opõe-se intransigentemente a esta medida, entendida como um pretexto para uma intervenção militar norte-americana, também já denunciada por Moscovo.
"Se esta pretensa ajuda humanitária foi enviada à força para a Venezuela, poderá desencadear um conflito e implicar graves consequências", advertiu hoje Geng Shuang, porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.
"A China opõe-se a uma intervenção militar na Venezuela e a qualquer ação suscetível de provocar um escândalo ou distúrbios", afirmou em conferência de imprensa.
Os envios de alimentos e medicamentos destinados aos venezuelanos afetados pela crise económica tornaram-se no pretexto de uma luta de poder entre o Presidente Nicolás Maduro e Juan Guaidó.
A Casa Branca indicou que o vice-presidente norte-americano, Mike Pence, se desloca na segunda-feira à Colômbia para expressar o "apoio sem reservas" dos Estados Unidos a Juan Guaidó.
Washington tem repetido por diversas vezes que "todas as opções" são admissíveis, incluindo o uso da força.
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