Emenda para retirar termos 'pai' e 'mãe' das escolas caiu por terra
Emenda ao projeto de lei foi criticada em vários quadrantes, além do conservador, e acabou por não seguir para segunda votação.
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Mundo França
Não segue para segunda votação em sede parlamentar a emenda a um projeto de lei de educação do governo francês que sugeria novos termos sem género - 'parente 1' e 'parente 2' - para substituir os termos 'pai' e 'mãe' na parte administrativa das escolas.
A ideia, que já tinha sido aprovada pela Assembleia Nacional como parte do projeto de lei, seguiria para votação global, mas acabou por cair por terra na sequência das críticas que lhe foram feitas nos últimos dias.
O objetivo da emenda, de acordo com Valérie Petit, deputada do partido La République en Marche, era o reconhecimento da homoparentalidade, acusando as reformas administrativas de não considerarem as famílias do mesmo sexo e a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
"Esta emenda tem como objetivo enraizar a diversidade da família das crianças na burocracia que tem de ser entregue nas escolas", referiu, anteriormente.
No entanto, face às críticas de diversos quadrantes, a emenda foi retirada antes da votação global do projeto, conforme escreve o Le Monde.
Os legisladores conservadores manifestaram a sua oposição, mas não só. A AFDH, uma associação francesa que apoia pais do mesmo sexo, criticou o facto de a linguagem proposta não ser perfeita porque os números 1 e 2 implicam que um dos pais é mais importante que o outro.
Um sindicato docente lembrou, ainda, que as escolas já apresentam formulários com a menção "representante legal".
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