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Alemanha e Reino Unido divergem sobre venda de armas à Arábia Saudita

A Alemanha e o Reino Unido mantêm divergências sobre a venda de armas à Arábia Saudita, depois de o governo de Bona ter dito hoje que manterá as sanções, apesar das críticas britânicas pelo prejuízo provocado na indústria militar.

Alemanha e Reino Unido divergem sobre venda de armas à Arábia Saudita
Notícias ao Minuto

20:15 - 20/02/19 por Lusa

Mundo Europa

A Alemanha congelou a venda de armas à Arábia Saudita, alegando a posição do governo saudita na guerra no Iémen e criticando a participação de dirigentes no caso do assassínio do jornalista Jamal Khashoggi, na embaixada do país em Istambul.

O Reino Unido considera que essa medida de sanções está a prejudicar a indústria militar britânica, que deixa de poder exportar parte do material que vende à Arábia Saudita, por conter componentes fabricadas na Alemanha.

"A nossa posição é clara: neste momento, não vamos entregar armas à Arábia Saudita. No futuro, a decisão fica dependente da evolução do conflito no Iémen", afirmou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Heiko Maas, em Berlim, numa conferência de Imprensa conjunta com o seu homólogo britânico, Jeremy Hunt.

O governo britânico já reconheceu a existência de uma carta enviada por Jeremy Hunt ao seu colega alemão sobre esta matéria, em que os dois países mantêm divergências, mas não adiantou mais pormenores sobre o conteúdo da mensagem.

Mas o jornal alemão Der Spiegel, divulgou hoje trechos da carta, em que Hunt acusa a Alemanha de "falta de lealdade", por estar a prejudicar os interesses britânicos, que ficaram sem poder vender parte do armamento que exporta para a Arábia Saudita.

Na missiva, Hunt diz ainda que "está profundamente preocupado com as repercussões da decisão do governo alemão sobre a indústria britânica e europeia de armamentos".

Questionado sobre esta divergência de posições entre Reino Unido e Alemanha, hoje na conferência de Imprensa, Jeremy Hunt respondeu apenas que o Reino Unido está empenhado em manter "um relacionamento especial" com o governo saudita, alegando que isso permitirá ajudar a encontrar soluções para o conflito armado no Iémen.

Uma coligação liderada pela Arábia Saudita luta no Iémen, desde 2015, contra os rebeldes xiitas Houthi.

Também o governo francês, em janeiro, criticou a posição do governo alemão, relativamente ao embargo de venda de armas para a Arábia Saudita, dizendo que é uma "atitude demagógica", que prejudica os parceiros europeus.

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