Meteorologia

  • 24 ABRIL 2024
Tempo
13º
MIN 13º MÁX 24º

Frontex espera cooperação entre UE e Reino Unido contral migração ilegal

A Agência Europeia de Gestão da Cooperação Operacional nas Fronteiras Externas (Frontex) disse hoje esperar que, após o 'Brexit', haja cooperação entre os Estados-membros da União Europeia (UE) e o Reino Unido para controlo da migração ilegal.

Frontex espera cooperação entre UE e Reino Unido contral migração ilegal
Notícias ao Minuto

11:27 - 20/02/19 por Lusa

Mundo Brexit

"Temos conhecimento de travessias ilegais de França e Bélgica para o Reino Unido, mas também entendemos que a cooperação bilateral na região, nomeadamente por parte de Estados-membros da UE, poderá controlar estes fluxos migratórios", afirmou hoje o diretor executivo da Frontex, Fabrice Leggeri.

Falando em conferência de imprensa no escritório da agência em Bruxelas, sobre os riscos migratórios para este ano, o responsável foi também questionado sobre o processo de saída do Reino Unido da UE, o 'Brexit', tendo respondido que, "a curto prazo, os Estados-membros têm de estar preparados, especialmente os que são mais alvos de fluxos migratórios".

Relativamente a outros impactos do 'Brexit', Fabrice Leggeri admitiu que, "como todas as agências e entidades da UE", a Frontex teve de criar planos de contingência.

"Diria que ainda temos de resolver algumas questões relacionadas com os funcionários -- não temos muitos no Reino Unido, mas ainda temos de repensar a sua situação -- e também temos de considerar os possíveis impactos no ETIAS [Sistema Europeu de Informação e Autorização de Viagem], que é algo que tem de ser feito em cooperação com a Comissão Europeia", precisou.

Fabrice Leggeri notou que, quando este sistema europeu (o ETIAS) foi criado, "o Reino Unido era membro da UE e, em termos de capacidade, temos de ver como é que este organismo vai ter de ser reestruturado".

Porém, apesar destas medidas, "a nossa agência atua no espaço Schengen e como o Reino Unido não faz parte, a agência é menos afetada pelo 'Brexit'", concluiu o responsável.

Em 29 de janeiro, o parlamento britânico -- que já chumbara o acordo de saída em 15 de janeiro -- aprovou uma proposta que preconiza a substituição do 'backstop' inscrito no acordo de saída do Reino Unido da União Europeia por "disposições alternativas", com vista à ratificação daquele texto pela Câmara dos Comuns, uma opção já rejeitada pelos líderes europeus.

O processo está, assim, com um futuro incerto, mas continua a prever que o Reino Unido deixe a UE a 29 de março, dois anos após o lançamento oficial do processo de saída, e quase três anos após o referendo de 23 de junho de 2016, que viu 52% dos britânicos votarem a favor do 'Brexit'.

Também hoje, na conferência de imprensa em Bruxelas, o diretor da Frontex revelou os resultados operacionais da Frontex em 2018.

Assim, no ano passado, esta agência resgatou 37 mil migrantes e identificou 4.918 documentos falsos, tendo ainda detetado 1.157 traficantes de pessoas, 425 traficantes de droga, 396 carros roubados, 290 armas e 158 toneladas de droga.

"O nosso papel é enfrentar, com os Estados-membros, o aumento extraordinário das pressões nas fronteiras da UE, mas também contribuir para a luta contra o crime organizado", salientou Fabrice Leggeri.

Em 2018, a Frontex dispunha de 643 funcionários e um orçamento de 320 milhões de euros.

Este ano, o número de funcionários já aumentou para 659 e o orçamento já passou para 333 milhões de euros.

As principais operações em curso incidem sobre os países com maior pressão migratória na UE, isto é, Itália, Grécia e Espanha (Hera, Indalo e Minerva).

Recomendados para si

;
Campo obrigatório