Meteorologia

  • 16 ABRIL 2024
Tempo
23º
MIN 13º MÁX 26º

China apoia condenação de 'rainha do marfim' na Tanzânia

A China disse hoje que apoia a condenação a 15 anos de prisão, na Tanzânia, de uma mulher chinesa rotulada de 'rainha do marfim', por contrabandear presas de elefante, reafirmando a sua oposição ao comércio de espécies ameaçadas.

China apoia condenação de 'rainha do marfim' na Tanzânia
Notícias ao Minuto

11:10 - 20/02/19 por Lusa

Mundo Tráfico

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros Geng Shuang sublinhou o apoio da China às autoridades da Tanzânia, por uma investigação e julgamento "justos".

Pequim está "pronto para trabalhar com a comunidade internacional para proteger a vida selvagem e travar o comércio internacional".

Yang Fenglan foi condenada por contrabandear cerca de 700 presas de elefante e o seu caso foi visto como um teste importante aos esforços de África no combate ao tráfico e à caça de elefantes.

A China baniu, no ano passado, todo o comércio e transformação das presas de elefante.

Mas a proibição não abrange a Região Especial Administrativa de Hong Kong, que continua a ser um importante ponto de trânsito para produtos de espécies ameaçadas.

A região prevê a proibição completa do comércio de marfim em 2021.

Só na Tanzânia, a população de elefantes diminuiu 60%, para 43.000, entre 2009 e 2014, segundo o governo.

A China é um importante consumidor mundial de marfim, símbolo de estatuto e parte importante da cultura e arte tradicionais chinesas.

Antes da entrada em vigor da nova lei, Pequim lançou várias campanhas de sensibilização e o preço de presas de elefante caiu 65%, enquanto todas as lojas e oficinas envolvidas no comércio foram encerradas até ao final de 2017, segundo a agência noticiosa oficial Xinhua.

Porém, a efetividade da "vigilância" das autoridades chinesas estará ameaçada pelo comércio nos países vizinhos.

"A ausência de regulamentação efetiva no Japão permite que produtos derivados do marfim sejam sistematicamente adquiridos por visitantes e intermediários chineses", indica um relatório da Traffic, organização não-governamental para a conservação da vida selvagem.

Intitulado 'Ivory Towers: An Assessment of Japan`s Ivory Trade and Domestic Market', o relatório baseia-se em entrevistas com vendedores de marfim nas cidades japonesas de Tóquio, Osaca e Quioto.

Vários afirmaram que os chineses são os principais clientes e que muitos são intermediários, à procura de produtos de marfim para outros clientes na China.

Os vendedores garantem que o marfim pode ser facilmente contrabandeado para a China continental através de Hong Kong ou do porto de Xangai.

Um trabalho de investigação da revista chinesa Sixth Tone descreve ainda como o marfim é contrabandeado para a China a partir do Laos. Os dois países partilham uma fronteira com mais de 400 quilómetros.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório