Paquistão admite cooperar com Índia mas ripostará se for atacado
O primeiro-ministro paquistanês, Imran Khan, mostrou-se hoje disposto a cooperar com a Índia após o ataque que na quinta-feira matou 41 paramilitares na Caxemira indiana, mas prometeu "ripostar" caso o seu país seja atacado.
© Reuters
Mundo Imran Khan
"O Paquistão vai ripostar" no caso de ser atacado, afirmou Khan durante um discurso na televisão, pedindo que Nova Deli forneça "evidências" do envolvimento paquistanês no ataque que exacerbou as tensões indo-paquistanesas nos últimos dias.
Estas declarações foram feitas no momento em que o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, prometeu "fazer pagar" um preço alto aos responsáveis pelo atentado suicida, que provocou uma onda de revolta em toda a Índia e provocou apelos de vingança.
"Hoje, proponho ao Governo indiano que conduza a investigação que pretende sobre esta questão para estabelecer se os paquistaneses estão envolvidos", afirmou Khan.
"Se houver alguma evidência explorável de envolvimento dos paquistaneses, dê-nos a nós e garanto que tomaremos medidas", acrescentou.
Este ataque, o mais mortífero desde o início da insurgência separatista contra Nova Deli em 1989, foi reivindicado pelo grupo islâmico Jaish-e-Mohammed (JeM), baseado no Paquistão.
A Índia há muito tempo acusa o Paquistão de apoio informal à infiltração e à rebelião armada, o que Islamabad sempre negou.
Khan disse que se absteve de responder mais cedo a acusações indianas para não "desviar as atenções" da visita ao Paquistão, no domingo e segunda-feira, do príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman.
"E mesmo sem essa visita, o que ganharia o Paquistão (...), num momento em que se encaminha para a estabilidade", disse, lembrando que o país passou por "15 anos de guerra contra o terrorismo, em que foram perdidas 70.000 vidas".
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