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Ministros e presidente do PE condenam expulsão da Venezuela

Os ministros dos Negócios Estrangeiros de Espanha e França e o presidente do Parlamento europeu condenaram hoje a decisão do Governo venezuelano de expulsar os eurodeputados que pretendiam manter vários encontros políticos no país.

Ministros e presidente do PE condenam expulsão da Venezuela
Notícias ao Minuto

11:23 - 18/02/19 por Lusa

Mundo Venezuela

"Naturalmente, nós gostaríamos que tivessem entrado e condenamos a atitude do Governo da Venezuela, do senhor Maduro, que como sabem foi colocado em causa, por não os deixar entrar", disse o ministro espanhol, Josep Borrell, aos jornalistas na chegada ao Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE).

A delegação do Parlamento Europeu (PE), que tinha sido convidada pela Assembleia Nacional venezuelana (AN) a visitar a Venezuela, foi impedida de entrar no país e obrigada a apanhar um voo de regresso a Madrid.

"Protestamos energicamente pelas condições em que foram expulsos hoje cinco eurodeputados preocupados com o processo democrático na Venezuela", disse o ministro francês, Jean-Yves Le Drian.

"O regime de Maduro impede que os eurodeputados façam o seu trabalho. Uma prova de que é um ditador. Espero que o Conselho da União Europeia adote medidas de resposta consistentes com este novo atropelo", disse o presidente do Parlamento europeu, Antonio Tajani, numa mensagem publicada na sua conta na rede social Twitter.

Josep Borrell explicou que estava em contacto com o embaixador espanhol em Caracas, que "fez todos os arranjos possíveis com o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Venezuela para solicitar e facilitar a entrada desses parlamentares".

"Infelizmente, esses esforços não funcionaram e as últimas notícias são de que (os eurodeputados) não conseguiram entrar", apesar de terem feito tudo o que "foi possível para que isso acontecesse", disse Borrell.

Em qualquer caso, o chefe da diplomacia espanhola considerou que "há questões sobre a situação na Venezuela que podem ser mais importantes".

Borrell espera que a missão técnica a ser enviada à Venezuela pelo grupo de contacto internacional patrocinado pela UE possa entrar no país esta semana, como previsto, para se reunir com todas as partes envolvidas na crise do país.

"Em breve (a missão) irá à Caracas, se a deixarem (entrar), espero que deixem", comentou Borrell sobre esse grupo técnico.

O ministro de Espanha declarou que foram os espanhóis e os portugueses que pediram insistentemente para que fosse criada esta missão durante o encontro em Montevidéu, referindo-se à primeira reunião do grupo de contacto internacional para a crise na Venezuela.

"E esse grupo técnico tentará perceber quais são os passos, os prazos, os procedimentos necessários para impulsionar o processo eleitoral", disse Borrell.

O trabalho do grupo de contacto será abordado hoje pelos ministros dos Negócios Estrangeiros, que insistem na convocação de eleições presidenciais livres na Venezuela.

A maioria dos membros da UE, assim como os Estados Unidos, reconheceram como Presidente interino da Venezuela o líder da Assembleia Nacional, a opositor Juan Guaidó.

Segundo Borrell, Guaidó "é reconhecido como Presidente interino cuja função é convocar eleições" e será feito tudo o que for possível para que assim seja, evitando "por todos os meios uma escalada militar".

"Certamente, estamos preocupados com a notícia de que já existe um destacamento de militares dos EUA na fronteira entre a Colômbia e a Venezuela, segundo notícias que temos ainda que confirmar", referiu o ministro espanhol.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, levantou a possibilidade de envio de tropas dos EUA para a Venezuela.

Por seu lado, Juan Guaidó criticou a expulsão de cinco eurodeputados do país, no domingo, atribuindo a decisão a um "regime isolado e cada vez irracional".

"Exerçamos toda a pressão necessária para pôr fim a esta usurpação. Vamos continuar!", escreveu Guaidó na sua conta oficial da rede social Twitter, depois de uma delegação do Parlamento Europeu ter sido impedida de entrar no país.

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