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200 mil nas ruas de Barcelona contra julgamento de independentistas

Cerca de 200.000 pessoas participaram hoje em Barcelona na manifestação contra o julgamento dos independentistas catalães com o lema 'A autodeterminação não é um delito', avançou a Guardia Urbana de Barcelona.

200 mil nas ruas de Barcelona contra julgamento de independentistas
Notícias ao Minuto

19:54 - 16/02/19 por Lusa

Mundo Manifestação

A manifestação, convocada pela Assembleia Nacional Catalã (ANC) e a Ómnium Cultural, realizou-se nas principais ruas de Barcelona e contou com a presença de vários parlamentares regionais que protestaram contra o julgamento dos seus dirigentes envolvidos na declaração de independência da Catalunha em 2017.

Num ambiente festivo, os manifestantes exibiram fitas amarelas e cartazes, onde se podia ler: "Julgamos todos", "Liberdade presos políticos" ou "Queremos o nosso governo em casa e livre".

Durante a manifestação, foram também ouvidos gritos como "independência" e proclamações a favor da "unidade" e da soberania.

A presidente da ANC, Elisenda Paluzie, indicou que o protesto de hoje foi o primeiro de uma série de manifestações que se vão realizar paralelamente ao julgamento que começou esta semana no Supremo Tribunal Federal contra os doze líderes dirigentes independentistas catalães acusados de estar envolvidos na tentativa de secessão da Catalunha em outubro de 2017.

"Este julgamento contra a democracia representa uma derrota coletiva do Estado espanhol", disse o vice-presidente da Ómnium Cultural, Marcel Mauri, lamentando "a irresponsabilidade" do Governo de Pedro Sánchez, que renunciou ao diálogo para resolver o conflito catalão.

A presidente da ANC insistiu que "votar e defender o direito à autodeterminação não é um crime".

As primeiras concentrações dos separatistas realizaram-se em várias cidades da Catalunha no primeiro dia de audiências do julgamento no Supremo Tribunal de Madrid, na passada terça-feira.

O julgamento histórico de 12 dirigentes independentistas catalães acusados de envolvimento na tentativa de secessão da Catalunha em outubro de 2017 iniciou-se na passada terça-feira com o Ministério Público a pedir penas que vão até 25 anos de prisão contra os acusados, por alegados delitos de rebelião, sedição, desvio de fundos e desobediência.

A figura principal da tentativa de independência, Carles Puigdemont, que fugiu para a Bélgica, é o grande ausente neste processo, visto que Espanha não julga pessoas à revelia em delitos com este grau de gravidade.

No banco dos réus estão, entre outros, o ex-vice-presidente do Governo regional e vários ex-membros desse executivo, a antiga presidente do Parlamento catalão e os dirigentes de duas poderosas associações cívicas separatistas.

Nove dos 12 acusados estão detidos provisoriamente há mais de um ano, suspeitos de terem cometido os delitos mais graves de rebelião e desvio de fundos públicos.

A questão central no processo é saber se houve violência na tentativa de secessão, com a acusação de rebelião, que implica uma sublevação violenta, a ser contestada.

Após realizar a 01 de outubro de 2017 um referendo sobre a independência proibido pela justiça, os separatistas catalães proclamaram a 27 de outubro do mesmo ano uma República catalã independente.

O julgamento deverá durar cerca de três meses.

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