"Vou assinar a emergência nacional", anuncia Donald Trump
O presidente norte-americano acaba de confirmar que vai assinar "a emergência nacional" para conseguir o financiamento para a construção do muro na fronteira com o México.
© Reuters
Mundo Estados Unidos
O presidente norte-americano declarou "emergência nacional" na fronteira entre os Estados Unidos e o México de forma a conseguir o financiamento necessário para construir o muro. "Vou assinar a emergência nacional, já foi assinada várias vezes antes. Foi assinada por outros presidentes (...) raramente foi um problema. Assinaram, ninguém quis saber. Talvez não fossem muito entusiasmantes", declarou.
O anúncio foi feito esta sexta-feira, em direto da Casa Branca, tendo já sido anunciada na quinta-feira à noite. Como justificação para a medida, o chefe de Estado declarou que as drogas entram para os Estados Unidos por áreas da fronteira onde não existe muro e que não entram por pontos legais. "Não dá para entrar por pontos legais com tráfico humano, mulheres e crianças. Os agentes fronteiriços abrem a porta e procuram", disse, acrescentando que isso é feito através de zonas "onde não existe muro".
Trump garantiu que a construção do muro não se tratava "de uma promessa de campanha, que é", mas que se deve ao fluxo elevado de entrada de narcóticos no país. "É uma coisa boa de fazer porque temos uma invasão de drogas, de pessoas e é inaceitável", referiu.
"Não é complicado, é muito simples, queremos parar a entrada de drogas no nosso país. Queremos impedir os criminosos e gangs de entrarem no nosso país", continuou.
O objetivo da declaração de emergência é usar dinheiro dos contribuintes para conseguir construir o muro sem necessitar da aprovação do Congresso. O presidente já tinha exigido 5,7 mil milhões de dólares para a construção do muro, um pedido que o Congresso se recusou a aprovar.
A medida, que os críticos apelidam de inconstitucional, deverá enfrentar obstáculos legais. Mesmo entre os Republicanos não é vista por todos como sendo boa ideia.
Trump disse que pretende assinar o resto dos documentos finais para decretar o estado de emergência nacional ainda hoje. Reconhecendo que depois da assinatura vai ser alvo de um processo. "Depois vamos ter uma decisão não favorável e acabamos no Supremo Tribunal", que diz ter esperança que decida a favor da medida. Ou seja, provavelmente tudo demorará meses a entrar em vigor e ainda poderá ser declarado inconstitucional. Apesar de reconhecer isso, pretende fazê-lo na mesma.
Antes do anúncio formal, a secretária de Imprensa da Casa Branca, Sarah Sanders, partilhou uma fotografia do presidente norte-americano a assassinar a declaração de emergência nacional na Sala Oval.
President @realDonaldTrump signs the Declaration for a National Emergency to address the national security and humanitarian crisis at the Southern Border. pic.twitter.com/0bUhudtwvS
— Sarah Sanders (@PressSec) February 15, 2019
[Notícia atualizada às 16h35]
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