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Derrota no parlamento mostra que estratégia do governo "não tem maioria"

O líder da oposição, o trabalhista Jeremy Corbyn considerou que derrota de hoje no parlamento mostra que a estratégia do governo para o 'Brexit' não tem o apoio de uma maioria de deputados.

Derrota no parlamento mostra que estratégia do governo "não tem maioria"
Notícias ao Minuto

18:51 - 14/02/19 por Lusa

Mundo Jeremy Corbyn

"O voto de hoje mostra que não existe maioria para a estratégia da primeira-ministra para o 'Brexit'. Mais uma vez, o governo foi derrotado. O governo não pode continuar a ignorar o parlamento ou a avançar para 29 de março sem um plano coerente", afirmou Corbyn hoje na Câmara dos Comuns.

O líder do 'Labour' lamentou que a primeira-ministra estivesse ausente do parlamento e desafiou Theresa May a "admitir que a estratégia falhou e a apresentar um plano coerente".

Corbyn quer um plano para se poder "fazer algum progresso em conjunto" e "evitar a catástrofe de uma saída sem acordo a 29 de março".

Um grupo de deputado conservadores eurocéticos ajudou a derrotar o governo numa votação hoje no parlamento sobre a estratégia para negociar alterações ao Acordo de Saída do Reino Unido da União Europeia (UE).

Na declaração apresentada, o governo pedia que fosse "reiterado o apoio à abordagem para sair da UE expressa a 29 de janeiro", quando foi aprovada uma proposta para negociar alternativas à solução para a Irlanda do Norte conhecida por 'backstop'.

Mas, porque no mesmo dia também foi aprovada uma proposta contra um 'Brexit' sem acordo, um grupo de deputados do partido Conservador eurocéticos decidiu abster-se da votação por defender que este cenário deve continuar em cima da mesa, resultado numa derrota para o governo.

O resultado não tem consequências porque não é vinculativo, mas reflete a dificuldade da primeira-ministra, Theresa May, e controlar uma maioria no parlamento para aprovar um acordo.

O governo fará uma nova declaração sobre o processo do 'Brexit' a 26 de fevereiro, seguido por um debate acompanhado por uma votação no dia seguinte, mas continua incerto quando terá lugar o 'voto significativo', a aprovação que o governo precisa do parlamento para ratificar o Acordo de Saída do Reino Unido da UE.

Na terça-feira, a primeira-ministra, a conservadora Theresa May, pediu mais tempo para negociar com os líderes europeus uma alternativa à solução para a Irlanda do Norte conhecida por 'backstop'.

A solução prevista no Acordo de Saída negociado entre o Londres e Bruxelas será ativada se após o período de transição, no final de 2020, não estiver concluído um novo acordo, mantendo o Reino Unido na união aduaneira europeia e a Irlanda do Norte sujeita a regras do mercado único.

Os líderes europeus têm reiterado indisponibilidade para renegociar o conteúdo do documento, mas May e Juncker concordaram em voltar a encontrar-se de novo no final do mês, numa data ainda por definir.

May continua a argumentar que são precisas de alterações legais vinculativas no texto para conseguir o apoio do parlamento britânico, tendo procurado sensibilizar vários homólogos europeus nos últimos dias para a situação, como o português António Costa, com quem falou hoje por telefone.

A saída do Reino Unido da União Europeia está marcada para 29 de março, fim do prazo de dois anos previsto no artigo 50.º do tratado europeu para o processo de negociações.

O governo precisa de uma maioria de votos no parlamento ratificar um acordo que garanta uma saída ordenada do bloco, mas o texto negociado com Bruxelas foi rejeitado em 15 de janeiro por uma margem de 230 votos.

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