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Monica Witt, a agente dupla que espiava o Irão... e depois espiou os EUA

Monica Witt ter-se-á convertido ao Islão, após uma conferência em Teerão sobre a "amoralidade" da sociedade norte-americana.

Monica Witt, a agente dupla que espiava o Irão... e depois espiou os EUA
Notícias ao Minuto

14:04 - 14/02/19 por Notícias Ao Minuto

Mundo Espionagem

O FBI acusa Monica Witt de ser uma espia ao serviço do regime iraniano. O seu paradeiro é atualmente desconhecido, com as autoridades norte-americanas a temerem que Monica Witt possa partilhar informações sensíveis. Curiosamente, esta história de volte-face digna de um filme começa há bem mais tempo, quando Monica Witt era uma espia... ao serviço dos Estados Unidos.

A antiga membro da Força Aérea norte-americana trabalhou como analista, aprendeu farsi e esteve envolvida nas guerras do Afeganistão e do Iraque, ao serviço dos Estados Unidos. 

Em 2012, surgiu numa cerimónia de conversão ao Islão com direito a transmissão televisiva em Teerão. Monica Witt passou um pouco ao lado do evento dado que o grande destaque foi para Sean Stone, o filho do realizador Oliver Stone, cuja conversão foi celebrada na mesma cerimónia.

Conta o The Guardian que Monica Witt esteve em 2012 em Teerão neste evento que incluiu uma conferência intitulada 'Hollywoodism', que se debruçava sobre "a amoralidade" norte-americana, nomeadamente a que estaria patente em filmes.

Meses depois, as autoridades norte-americanas, sabendo que era uma espia sua que estava em causa, avisaram-na de que a poderiam tentar recrutar. Ela terá assegurado que não havia riscos. Mas em junho do mesmo ano foi contactada por um cidadão de nacionalidade iraniana e norte-americana.

Este "Indivíduo A" - como é apresentado nos documentos norte-americanos a que o The Guardian teve acesso terá conseguido contratar a mulher natural do Texas e que vivia na altura no estado de Washington. 

Em 2013, Monica Witt terá desertado de vez, deixando o seu passado de espia pelos Estados Unidos. Nest altura já teria ocorrido uma mudança de mentalidade e de posição radical, ao ponto de se ter proposto como espia ao regime de Teerão.

As autoridades iranianas não aceitaram de imediato, estranhando se a mudança de posição de Monica Witt era de facto real. 

Em 2013, terá embarcado definitivamente para Teerão. Monica Witt, atualmente com 39 anos, não é vista desde então.

Os procuradores norte-americanos alegam que, logo depois de ter desertado para o Irão, a norte-americana entregou informação sobre os seus companheiros de missão.

O FBI deu conta da acusação de espionagem envolvendo esta norte-americana. Outros quatro cidadãos iranianos foram igualmente acusados de envolvimento numa campanha online contra funcionários dos serviços de informação norte-americanos.

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