Holanda vai disponibilizar centro de ajuda humanitária para a Venezuela
A Holanda vai disponibilizar um centro de ajuda humanitária para a Venezuela na ilha de Curaçau, anunciou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros do país.
© Reuters
Mundo Curaçau
"O povo venezuelano precisa de ajuda humanitária e, portanto, a Holanda e Curaçau decidiram fornecer um centro de ajuda humanitária em Curaçau", afirmou Stef Blok, numa mensagem divulgada na rede social Twitter.
O ministro dos Negócios Estrangeiros holandês acrescentou que o centro será estabelecido em "estreita cooperação com o presidente interino venezuelano Guaidó e os Estados Unidos".
Curaçau, território holandês, é uma ilha no mar das Caraíbas, a cerca de 65 quilómetros a norte da costa venezuelana.
O Governo venezuelano tem insistido em negar a existência de uma crise humana no país e tem dito que não permitirá a entrada de ajuda na Venezuela.
O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, anunciou que em 23 de fevereiro entrará a ajuda humanitária no país, referindo que existem "250 a 300 mil venezuelanos em risco de morrer"
A crise política na Venezuela agravou-se em 23 de janeiro, quando o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.
Guaidó, 35 anos, contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres.
Nicolás Maduro, 56 anos, no poder desde 2013, recusou o desafio de Guaidó e denunciou a iniciativa do presidente do parlamento como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos.
A maioria dos países da União Europeia, entre os quais Portugal, reconheceram Guaidó como Presidente interino encarregado de organizar eleições livres e transparentes.
A repressão dos protestos antigovernamentais desde 23 de janeiro provocou já 40 mortos, de acordo com várias organizações não-governamentais.
Esta crise política soma-se a uma grave crise económica e social que levou 2,3 milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, segundo dados das Nações Unidas.
Na Venezuela residem cerca de 300.000 portugueses ou lusodescendentes.
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