Depois da condenação, 'El Chapo' deve ir para o inferno das prisões

A 'Supermax' deverá ser a próxima casa do antigo líder do narcotráfico mexicano. Conhecida como a 'Alcatraz das Rockies', alberga dos prisioneiros mais infames dos Estados Unidos. A Amnistia Internacional sublinha que os "prisioneiros podem passar anos sem tocar noutro ser humano".

Depois da condenação, 'El Chapo' deve ir para o inferno das prisões

© Reuters

Fábio Nunes
13/02/2019 11:46 ‧ 13/02/2019 por Fábio Nunes

Mundo

Estados Unidos

Joaquín ‘El Chapo’ Guzmán foi considerado culpado de liderar uma operação de narcotráfico de larga escala pelo júri do tribunal de Brooklyn esta terça-feira e pode ser sentenciado a uma pena de prisão perpétua. Ainda não se sabe oficialmente para que prisão será enviado ‘El Chapo’, mas dado o seu historial de fugas de estabelecimentos prisionais é provável que a ‘Supermax’ de Florence, no estado do Colorado, receba mais um infame prisioneiro, referem especialistas à Associated Press.

Conhecida como ADX de “máxima administrativa” e como a ‘Alcatraz das Rockies’ devido à sua remota localização e ao aspeto e ambiente austero. A prisão fica nos arredores de uma antiga cidade mineira e alberga atualmente 400 prisioneiros, entre os quais se contam alguns dos criminosos mais violentos dos Estados Unidos.

El Chapo’ vai ter a companhia de Ted Kaczynski, o Unabomber, de Dzhokhar Tsarnaev, um dos autores do atentado na maratona de Boston de 2013, de Zacarias Moussaoui, conspirador do 11 de setembro, e também de Terry Nichols, cúmplice de Timothy McVeigh no atentado de Oklahoma City em 1995.

A grande maioria dos reclusos da ‘Supermax’ passa 23 horas por dia numa cela de 2,1 metros por 3,7 metros. Têm uma pequena janela desenhada de forma a não terem a percepção da zona do estabelecimento prisional onde estão. Comem todas as suas refeições na cela e a interação humana é mínima.

Um relatório da Amnistia Internacional revelou que os prisioneiros da ‘Supermax’ podem passar dias em que apenas lhes são dirigidas algumas palavras. “Excetuando quando são colocadas algemas e correntes e são escoltados pelos guardas, os prisioneiros podem passar anos sem tocar noutro ser humano”, destaca a AI.

Numa entrevista ao The Boston Globe, um antigo prisioneiro da ‘Supermax’ descreveu-a como “uma versão de alta tecnologia do inferno, concebida para acabar com toda a perceção sensorial” dos reclusos.

“Se alguma vez houve uma prisão da qual não se pode escapar é a de Florence. É a prisão de todas as prisões”, afirma Burl Cain, antigo diretor da prisão de segurança máxima do estado do Louisiana.

Esta pequena reportagem da CNN de 2015 permite um vislumbre à vida dos reclusos na 'Supermax'. 

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