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Parlamento em votação decisiva para futuro do Governo de Sánchez

O parlamento espanhol decide hoje em Madrid se devolve o projeto de Orçamento para 2019 ao Governo, medida que, se for aprovada, irá abrir uma crise política grave que pode precipitar a realização de eleições antecipadas.

Parlamento em votação decisiva para futuro do Governo de Sánchez
Notícias ao Minuto

05:56 - 13/02/19 por Lusa

Mundo Espanha

Os deputados dos partidos independentistas catalães apoiam uma das seis emendas à totalidade das contas de Estado que vão ser votadas em conjunto, mas o executivo socialista liderado por Pedro Sánchez espera, até ao último minuto, que possam ainda mudar de opinião.

Os separatistas catalães estão a fazer depender o seu apoio à aceitação, por parte do executivo espanhol, do início de negociações sobre a autodeterminação da Catalunha, apesar de Madrid já ter assegurado que não aceita esta "chantagem".

"Este Governo não vai ceder a qualquer chantagem por parte de ninguém", disse na terça-feira a ministra da Fazenda, Maria José Montero, no primeiro dia do debate das emendas à totalidade do Orçamento Geral de Estado para 2019.

Se não alterarem o seu sentido de voto, os deputados independentistas, que foram decisivos na subida ao poder do PSOE [Partido Socialista Operário Espanhol] em junho passado, poderão agora precipitar a realização de eleições antecipadas.

O primeiro-ministro, Pedro Sánchez, e vários dirigentes socialistas têm afirmado que sem orçamento a legislatura, que deveria terminar em meados de 2020, será "encurtada".

A votação de hoje pode significar que os partidos de direita e os independentistas apareçam juntos pela primeira vez para chumbar o projeto orçamental para 2019.

Pedro Sánchez tornou-se primeiro-ministro em 02 de junho de 2018, depois de o PSOE ter conseguido aprovar no parlamento, na véspera, uma moção de censura contra o executivo do Partido Popular (direita) com o apoio do Unidos Podemos (coligação de extrema-esquerda) e uma série de partidos mais pequenos, entre eles os nacionalistas bascos e os independentistas catalães.

Os socialistas têm apenas 84 deputados num total de 350 e o Unidos Podemos 67, com as últimas sondagens a indicarem que os partidos de esquerda ainda não conseguiriam assegurar uma maioria estável, apesar da subida das intenções de voto no PSOE.

A direita pede insistentemente, desde há meses, eleições antecipadas e lembra que Sánchez, quando fazia parte da oposição, defendia a demissão do Governo no caso de o Orçamento não ser aprovado.

Mesmo o principal apoio parlamentar do PSOE, o Unidos Podemos, sustenta que, se o Orçamento não for aprovado, deverá haver eleições antecipadas.

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