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Graffiti antissemita a fazer recordar o Holocausto aparece em Paris
A palavra foi pintada na montra de uma loja de bagels.
© Twitter/ Christophe Castaner
Mundo França
Foi aberto um inquérito criminal pelas autoridades francesas depois de um graffiti antissemita a fazer recordar os dias negros do Holocausto ter aparecido em Paris. A palavra 'Juden' - a palavra alemã para judeu - foi pintada em tinta amarela na montra de uma loja de bagels no 4.º arrondissement de Paris, no passado sábado à noite.
Esta particular área da capital francesa entrou na história por ser o local onde eram reunidos milhares de homens, mulheres e crianças pelas autoridades francesas e alemãs durante a Segunda Guerra Mundial, para lhes ser aplicada uma estrela amarela a identificar a religião que praticavam, e onde os seus negócios eram identificados para serem marcados com essa mesma palavra, antes de serem levados para campos de concentração.
Ao Le Parisien, o proprietário da loja, Gilles Abecassis, disse que a marca foi descoberta no sábado de manhã, "provavelmente feita durante a noite de sexta para sábado".
"Uma marca antissemita no meio de Paris é uma a mais. 'Juden' em letras amarelas, é como se a história não tenha conseguido iluminar as consciências", reagiu o ministro do Interior francês, Christophe Castaner. "A nossa resposta: fazer tudo o que for possível para que o culpado deste ultraje seja condenado. A nossa promessa - não deixar nada passar", escreveu numa publicação do Twitter.
Un tag antisémite en plein Paris. Un de trop.« Juden » en lettres jaunes, comme si les plus tragiques leçons de l'Histoire n'éclairaient plus les consciences.Notre réponse : tout faire pour que l'auteur de cette ignominie soit condamné.Notre honneur : ne rien laisser passer. pic.twitter.com/mLtfTQPBIT
— Christophe Castaner (@CCastaner) February 10, 2019
O gabinete do procurador de Paris abriu uma investigação por "dano voluntário agravado" e "provocação e ódio racial".
O jornal francês recorda que houve cerca de 67 mil judeus franceses, polacos e alemães a ser deportados de Paris entre junho de 1942 e julho de 1944 e que só nos anos recentes é que França tem começado a reconhecer o papel que desempenhou no Holocausto.
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