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Vaticano diz a representantes de Guaidó que é preciso solução urgente

O Vaticano manifestou hoje a uma delegação do autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, a preocupação de que seja encontrada urgentemente uma solução justa e pacífica para a crise venezuelana.

Vaticano diz a representantes de Guaidó que é preciso solução urgente
Notícias ao Minuto

15:53 - 11/02/19 por Lusa

Mundo Venezuela

"Foi sublinhada a grande preocupação de que uma solução justa e pacífica seja procurada urgentemente para ultrapassar a crise, em respeito dos direitos humanos, procurando o bem de todos os habitantes do país e evitando o derramamento de sangue", disse o porta-voz do Vaticano, Alessandro Gisotti, num comunicado.

Uma delegação enviada pelo Presidente interino da Venezuela foi hoje recebida pela Secretaria de Estado do Vaticano, mais concretamente pelo 'número três' da Santa Sé, o também venezuelano Edgar Peña Parra, segundo fontes da delegação citadas pela agência Efe.

"Foi reiterada a proximidade do santo padre e da Santa Sé ao povo venezuelano, principalmente àqueles que sofrem", acrescentou o porta-voz.

A delegação venezuelana, que será ainda hoje recebida pelo vice-presidente do Governo italiano, Matteo Salvini, inclui o presidente da Comissão de Negócios Estrangeiros da Assembleia Nacional (presidida por Guaidó), Francisco Sucre, o representante na Europa para a Ajuda Humanitária, Rodrigo Diamanti, o deputado Gabriel Gallo e o antigo presidente da Câmara de Caracas Antonio Ledezma.

A delegação foi enviada a Roma para tentar alcançar o reconhecimento de Itália, um dos poucos países da UE que não reconheceram Guaidó como Presidente interino da Venezuela.

Já na semana passada, o secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, afirmara que o Vaticano mantém uma posição de "neutralidade positiva" na atual crise na Venezuela.

"A atitude da Santa Sé é de neutralidade positiva, não é a atitude daqueles se sentam em frente à janela e observam de maneira quase indiferente. É a atitude de estar sobre as partes para superar o conflito", indicou Parolin em declarações à televisão católica italiana TV2000.

Antes, na sua viagem de regresso dos Emirados Árabes Unidos, o papa admitira a disponibilidade do Vaticano para avançar com uma eventual mediação para tentar solucionar a crise política venezuelana, mas realçou que tal processo precisa do acordo das duas partes.

Tanto o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro - que enviou uma carta ao Papa Francisco - como Juan Guaidó solicitaram ajuda ao papa para superar a crise no país.

A crise política na Venezuela agravou-se em 23 de janeiro, quando o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou Presidente da república interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro, com a missão de realizar eleições presidenciais livres e transparentes.

Guaidó conta com o apoio de cerca de 50 países, incluindo os Estados Unidos e a maioria dos Estados-membros UE, incluindo Portugal.

Os Estados Unidos têm reiterado que consideram todas as opções incluindo a militar, para derrubar o poder "chavista" da Venezuela, argumentando com a greve crise que atravessa o país.

À crise política na Venezuela, onde residem cerca de 300.000 portugueses ou lusodescendentes, soma-se a uma grave crise económica e social, com escassez de bens e serviços essenciais, que levou 2,3 milhões de pessoas a fugir do país desde 2015, segundo dados da ONU.

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