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Jornalistas da BBC presos no Uganda foram libertados sob fiança
A polícia do Uganda libertou hoje sob fiança a equipa da BBC detida na quinta-feira e investigada no âmbito de um suposto caso de venda no mercado negro de medicamentos subsidiados pelo Estado, informou a cadeia britânica.
© Reuters
Mundo BBC
A equipa da BBC foi presa no bairro de Makindye, em Kampala, onde estava reunida com uma pessoa que presumivelmente iria vender esses fármacos.
Os quatro elementos da equipa, incluindo dois jornalistas ugandeses, um repórter queniano e um motorista, foram acusados de comprar de forma ilegal estas sustâncias.
Os quatro têm agora de apresentar-se à polícia a 18 de fevereiro, enquanto as investigações continuam.
A polícia "não indicou se as investigações ainda estão em curso", mas a Rede de Direitos Humanos para os Jornalistas (HRNJ) do Uganda, que pagou a fiança, declarou-se preparada "para qualquer coisa", afirmou o seu porta-voz, Robert Ssempala.
As forças da ordem também procuravam o jornalista Salomón Serwanjja, da televisão privada local NBS, que trabalha com a equipa da BBC, e que se encontrava em paradeiro desconhecido.
Esta quinta-feira, as autoridades detiveram a sua mulher, Vivian Serwanjja, empregada como porta-voz do Ministério de Saúde do Uganda, e Salomón Serwanjja entregou-se hoje às forças de segurança.
Os jornalistas estavam a investigar conjuntamente o presumível comércio no mercado negro de produtos farmacêuticos regulados pelo Governo do Uganda e estavam na chamada "etapa de conclusão da investigação de três semanas", segundo um comunicado de Next Media Services, empresa proprietária da NBS.
O 'site' de notícias Nile Post, também propriedade deste grupo, explicou que os repórteres tinham ido reunir-se com uma pessoa suspeita de vender ilegalmente os fármacos quando foram presos.
A polícia afirmou que durante o interrogatório os detidos revelaram que tinham escondidos na sua vivenda mais medicamentos que tinham comprado.
Na casa, foram encontradas caixas de lumenfantrine (fármaco contra a malária), vacinas para a hepatite B e outros medicamentos com o selo do Governo.
A Associação de Correspondentes Estrangeiros do Uganda (FCAU) e o Comité de Proteção de Jornalistas (CPJ) tinham exigido a libertação imediata dos detidos.
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