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Presidente do Irão pronto a aceitar "arrependimento" dos Estados Unidos

O Irão está pronto para aceitar o "arrependimento" dos Estados Unidos a fim de estabelecer "relações amigáveis" com o país, declarou hoje o presidente iraniano, Hassan Rohani.

Presidente do Irão pronto a aceitar "arrependimento" dos Estados Unidos
Notícias ao Minuto

17:02 - 06/02/19 por Lusa

Mundo Hassan Rohani

"O nosso lema é ter relações amigáveis com o mundo inteiro", declarou Rohani num discurso perante os representantes do corpo diplomático estrangeiro em Teerão durante uma cerimónia marcando o 40.º aniversário da revolução islâmica.

"Mesmo os Estados Unidos: se eles se arrependerem (...) se desculparem pelas suas ingerências no passado no Irão e estiverem prontos a reconhecer a grandeza e a dignidade da nação iraniana e da grande Revolução Islâmica (...) estamos sempre prontos a aceitar (...) o seu arrependimento apesar de toda a injustiça que nos causaram durante anos", adiantou Rohani no discurso transmitido em direto pela televisão estatal.

Os Estados Unidos e o Irão romperam as relações diplomáticas em 1980.

A exigência de um arrependimento dos Estados Unidos (o "Grande Satã" na terminologia oficial iraniana) não é nova, foi formulada inicialmente em 1979 pelos estudantes que fizeram reféns na embaixada dos Estados Unidos em Teerão para permitir a libertação dos diplomatas.

Em 2009, dirigindo-se de um modo inédito aos dirigentes e povo iranianos por ocasião do Novo Ano persa, o Noruz, o presidente norte-americano Barack Obama declarou: "Sabemos que são uma grande civilização e o vosso sucesso conquistou o respeito dos Estados Unidos e do mundo".

O Líder Supremo iraniano, o ayatollah Ali Khamenei, respondeu no dia seguinte: "Mudem e a nossa atitude mudará".

Obama foi o primeiro presidente norte-americano em exercício a reconhecer, em junho de 2009, que os Estados Unidos tinham "desempenhado um papel no" golpe de Estado de 1953 que destituiu "um governo iraniano democraticamente eleito", sem no entanto apresentar desculpas ao Irão.

Insistiu no mesmo dia nos erros da República Islâmica em relação aos Estados Unidos, nomeadamente a tomada de reféns na embaixada norte-americana em Teerão em 1979.

O presidente Donald Trump adotou uma "linha dura" face ao Irão, acusando-o de propagar o caos na região através dos seus aliados no Iraque e outros países.

Em maio de 2018, retirou os Estados Unidos do histórico acordo nuclear de 2015 assinado por Teerão e potências mundiais e reimpôs as sanções económicas.

Reafirmando em julho de 2018 que o Irão "não pode ter confiança nos Estados Unidos", Khamenei declarou que "a ideia de que os problemas podem ser resolvidos através de negociações ou relações com os Estados Unidos é um grande erro".

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