Talibãs condicionam conversações de paz a levantamento de sanções
Os talibãs condicionaram hoje o início das negociações de paz no Afeganistão ao levantamento das sanções contra o seu movimento e à libertação de "'mujahidin' e afegãos inocentes" detidos em prisões norte-americanas.
© Reuters
Mundo Afeganistão
"As negociações de paz e as sanções são duas coisas incompatíveis, não podem andar juntos", disse Sher Mohammad Abbas Stanekzai, o líder da delegação dos talibãs, durante o segundo dia da reunião entre o movimento extremista muçulmano e as diferentes fações e movimentos políticos afegãos, em Moscovo.
"É necessário que essas sanções sem fundamento e listas utilizadas como um instrumento de pressão sejam levantadas para que os representantes do Emirado Islâmico (como se autodenominam os talibãs) possam participar sem entraves nas negociações de paz em vários lugares", disse Stanekzai, de acordo com a agência Interfax.
O representante dos talibãs também colocou como condição prévia ao início das conversações de paz a libertação de "todos os 'mujahidin' e afegãos inocentes mantidos em prisões".
De acordo com Stanekzai, os Estados Unidos prenderam "dezenas de milhares de afegãos e 'mujahidin'" e mantêm-nos nas prisões, por vezes secretas, e submetem-nos supostamente "a abusos que vão contra todas as leis".
Ao mesmo tempo, destacou que, para participar regularmente nas negociações de paz, os talibãs também precisam "abrir um escritório" no Afeganistão e ter uma "direção formal".
O Governo do Afeganistão não participa formalmente na conferência de Moscovo, organizada pela diáspora afegã na Rússia, mas estava previsto o envio de alguns representantes do executivo.
O ex-assessor de Segurança Nacional do Afeganistão Hanif Atmar, o ex-Presidente afegão Hamid Karzai e cerca de outras 40 pessoas representando diferentes grupos políticos e movimentos no Afeganistão também viajaram para Moscovo.
Na terça-feira, Karzai considerou o primeiro dia de consultas "muito bom", sem dar mais detalhes sobre o assunto.
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