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Amnistia apela à suspensão de venda de armas para coligação saudita

A Amnistia Internacional, organização de defesa dos direitos humanos, instou hoje os governos ocidentais para que parem de fornecer armas para as partes envolvidas no conflito no Iémen, após relatos de que as armas acabavam em grupos extremistas.

Amnistia apela à suspensão de venda de armas para coligação saudita
Notícias ao Minuto

12:41 - 06/02/19 por Lusa

Mundo Direitos Humanos

Em comunicado, o investigador do controlo de armas e direitos humanos da Amnistia Internacional, Patrick Wilcken, indicou que "a proliferação de incontáveis milícias apoiadas pelos EAU [Emirados Árabes Unidos] está a agravar a crise humanitária e representa uma ameaça crescente para a população civil".

Patrick Wilcken realçou que armas americanas e britânicas acabaram nas mãos de militantes da Al-Qaida e do Estado Islâmico, segundo os recentes relatórios dos Repórteres Árabes de Jornalismo de Investigação (Arab Reporters for Investigative Journalism), sediados em Amã.

Segundo a agência de notícias Associated Press (AP), os Emirados Árabes Unidos não comentaram as alegações.

A coligação liderada pela Arábia Saudita, que inclui os Emirados Árabes Unidos, está em guerra no Iémen com rebeldes Houthi alinhados pelo Irão desde 2015.

Um relatório da AP divulgado em agosto do ano passado revelou acordos fechados entre a coligação e a Al-Qaida, durante os quais armas e dinheiro foram transferidos dos comandantes do Golfo e dos seus aliados para militantes ligados à Al-Qaida que lutavam contra os rebeldes.

A Alemanha, a Holanda e a Noruega restringiram os acordos de armas para os membros da coligação, enquanto vários outros países ocidentais, incluindo os Estados Unidos e o Reino Unido, continuaram a fornecer armas.

A guerra no Iémen provocou milhares de mortos e feridos e deslocou mais de três milhões de pessoas. As negociações de paz, recomeçadas na Suécia no ano passado, ainda não alcançaram um grande avanço.

Os representantes do Governo Houthi e iemenita está a realizar reuniões na Jordânia numa troca de prisioneiros acordada na Suécia, que ainda não foi realizada.

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