Oposição denuncia bloqueio de ponte para ajuda humanitária na Venezuela
Um deputado da oposição venezuelana denunciou que militares bloquearam, na terça-feira, uma ponte na fronteira com a Colômbia, por onde devia chegar ajuda humanitária internacional.
© Reuters
Mundo Deputados
O acesso à ponte de Tienditas, que liga as localidades de Cucuta (Colômbia) e Urena (Venezuela), está bloqueado por um camião-cisterna e um grande contentor, de acordo com uma equipa da agência de notícias France-Presse (AFP).
"Efetivos do exército bloquearam a passagem" na tarde de terça-feira, afirmou Franklin Duarte, deputado do estado fronteiriço de Tachira.
Para o deputado, a passagem pela ponte foi cortada, na sequência de um incidente ocorrido em Urena, aquando da chegada de militares a bordo de veículos blindados para vigiar a fronteira.
Duarte afirmou que três pessoas ficaram feridas quando um dos blindados derrubou vários motociclistas.
Atualmente, a ponte de Tienditas não está a funcionar. A inauguração esteve prevista para 2016, mas o encerramento da fronteira entre a Venezuela e a Colômbia, decidido no final de 2015 pelo Presidente Nicolas Maduro. O levantamento desta decisão, alguns meses mais tarde, atrasou a abertura daquela infraestrutura.
De acordo com a imprensa local, esta ponte devia ser uma das vias escolhida para a entrada de ajuda humanitária internacional na Venezuela. Mas o deputado Duarte indicou que "isso não tinha sido decidido" até ao momento.
O opositor Juan Guaido, reconhecido por 40 países como o Presidente interino da Venezuela, pediu às forças armadas que não impedissem a entrada em território venezuelano de ajuda humanitária.
A população venezuelana depara-se, há muito, com graves penúrias alimentares e de medicamentos, devido à crise económica no país.
Por seu lado, o Presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, opõe-se à entrada de ajuda humanitária, que considera "um pretexto" para justificar uma eventual intervenção armada estrangeira.
"A Venezuela não precisa de esmolas", afirmou. "Se querem ajudar, ponham fim ao bloqueio e às sanções" contra o país, acrescentou.
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