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Greve geral em Paris juntou coletes amarelos e coletes vermelhos

Dezenas de 'coletes amarelos' acorreram à manifestação organizada hoje, em Paris, pela central sindical CGT, durante a qual se registaram algumas tensões com a polícia, que fez segurança reforçada nas ruas da capital francesa.

Greve geral em Paris juntou coletes amarelos e coletes vermelhos
Notícias ao Minuto

18:31 - 05/02/19 por Lusa

Mundo França

Em certos pontos da manifestação, ao contrário do que é habitual nas manifestações da CGT, a polícia foi obrigada a intervir, lançando gás lacrimogéneo para afastar os manifestantes que se aproximavam das forças da ordem.

Do seu lado, alguns manifestantes arremessaram pedras contra um dispositivo de segurança reforçado, com a polícia estrategicamente posicionada nas ruas, carros blindados e estações de metro fechadas no centro de Paris.

Quase três meses depois do início dos protestos dos 'coletes amarelos', o movimento participou na mobilização nacional organizada pela CGT, o primeiro grande evento onde o movimento se junto a uma organização estruturada. Em Paris, o movimento encabeçou mesmo a manifestação que começou na Câmara Municipal e seguiu até à Praça da Concorde, sendo seguido depois por sindicatos de hospitais, professores, entre outros.

"Não estamos aqui para fazer publicidade aos sindicatos, mas sim para que as nossas reivindicações como cidadãos sejam ouvidas", afirmou Antoine, 'colete amarelo' não sindicalizado vindo dos arredores de Paris, em declarações à Agência Lusa.

"É um pouco ambíguo estar aqui. Devia ser ao contrário, porque os sindicatos estão completamente fora do nosso movimento. E agora dão-nos a mão. Precisamos de todos e veremos o que acontece", referiu.

Com palavras de ordem diferentes e, nalguns casos dissonantes, os coletes amarelos quiseram vincar a sua diferença face aos sindicalistas que organizavam o cortejo. "Nós fazemos o trabalho que os sindicatos não fazem. Somos um movimento que foge a qualquer tipo de controlo, incluindo os sindicatos", acrescentou Antoine.

No entanto, esta foi também uma ocasião para encontros. "Somos sindicalistas e coletes amarelos. As reivindicações são as mesmas, há uma convergência objetiva e esta manifestação mostra isso mesmo. Foram os responsáveis dos sindicatos que travaram esta convergência e, do outro lado, há desconfiança em relação aos sindicatos", admitiu Maxime, que estava na manifestação com um colete vermelho da CGT e vive em Paris.

A greve desta terça-feira aconteceu um pouco por todo o país, com protestos em mais de 100 cidades, e com várias estradas cortadas, perturbações no aeroporto de Nantes, hospitais e escolas a meio gás e algumas perturbações nos transportes públicos. Em Paris, a manifestação terá reunido cerca de 14 mil pessoas, segundo estimam os meios de comunicação franceses.

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